Você também ajuda no silêncio
O silêncio também acolhe, pois ouvir o silêncio do outro ou estar em silêncio é atender ao outro. Em outros momentos temos o impulso de ajudar quem nem se quer nos pediu ajuda.
Eu já passei por isto no meu caminho de aprendizado. Quantas vezes nem me pediram ajuda e eu achei que poderia contribuir? Ajudar é algo que deve ser feito com cuidado, zelo, pois em alguns casos pode ser invasão de privacidade do outro.
Por outro lado tem gente que pede ajuda, mas na verdade não quer. Quer alguém para concordar e alimentar todo o sentimento que a pessoa está.
Então como ajudar?
No meu modo de ver a forma melhor é contribuir para o bem estar do outro, às vezes, compartilhando experiências para que o outro possa ter ideia de como foi o nosso caminho e talvez utilizar aquilo que para ele tenha semelhança e sentido. Fazendo um paralelo do que vivemos e do que o outro viveu para chegarmos juntos em algum lugar.
Porém, cuidado, contribuir quando foi aceita a ajuda ou em casos extremos em que a pessoa não tenha escolha.
Além disso, o que para mim pode ser ajudar para o outro pode ser se intrometer. Então cabe a nós, os que ajudam, observar a necessidade do outro, ouvir com o coração e em muitos casos perguntar – posso te ajudar?
Pratique o ouvir. O silenciar e o compreender. Antes de ajudar com palavras podemos ajudar com vibrações e talvez seja a única coisa efetiva que faremos por esta pessoa.
Como saber se estamos ajudando?
Pergunte. Uma conversa amorosa e sincera contribuirá para você saber se o silêncio é necessário ou se a fala é importante.
Outra forma positiva de auxílio ao outro é estar em dia com o seu processo de autoconhecimento. Somente com a nossa mente em dia com as nossas questões, menos possibilidade de projetarmos no outro nossas insatisfações.