Sabe quando a gente lê um livro, vê um filme, vai a algum lugar e adora? Não dá vontade de sair falando para todo mundo que a gente gosta? Indicar, falar para ler, assistir, ir, etc?
O mesmo acontece com aconselhamentos. Às vezes, a gente quer dar um conselho que nos foi dado porque fez muito sentido para nós, mas o fato é que naquele momento fazer sentido para mim não significa que acontecerá o mesmo com o outro.
E ai insistimos, saímos falando para todo mundo começar terapia porque é incrível ou ler aquele livro maravilhoso porque nos fez repensar em nossa vida. E a pessoa não vai à terapia e nem lê o livro. E a gente se sente impotente ou não importante. Consideramos que o outro não nos ouviu ou não validou o que dissemos.
A verdade é que não foi nem uma coisa e nem a outra. Cada um tem o seu momento de vivenciar experiências incríveis e isto é muito individual e único. Quantas vezes recomendaram a nós uma determinada palestra, livro, curso, culto e não fomos? Estávamos menosprezando o outro? Não, apenas consideramos que aquele momento não havia conexão na nossa vida experimentar aquilo.
Portanto, quando o oposto nos acontecer é válido abandonarmos nossos melindres e nos colocarmos no lugar do outro. Aceitarmos um não como apenas uma negativa ao convite e só.
Digo isto porque exatamente neste momento queria sair da minha casa e bater na porta de muitas pessoas queridas para dizer uma centena de coisas que eu vivi este ano (que está quase terminando) e fazê-las ver da maneira como tenho visto, só que isto não vai adiantar se estas pessoas não estiverem no mesmo momento que eu.
E foi pensando nisto que escrevi estas linhas sobre aconselhamentos, querer ajudar e ser efetivo.