Por que comigo?
Quando eu era mais nova, perto dos 25 anos eu estava saindo com um cara que, por não saber dizer que não queria mais sair comigo, começou a não entrar mais em contato.
Vale dizer que naquela ocasião o telefone era fixo. O que significa que para conversar com alguém a gente precisava ficar em casa aguardando a ligação ou em último caso esperar que alguém de casa anotasse o recado.
Como chegava final de semana e ele não me procurava num belo dia resolvi reunir umas amigas e viajar para a praia para “não pensar no assunto”.
Fomos para uma balada e adivinhem só? Eu encontrei exatamente este cara na balada, bem alcoolizado e com outra mulher. Vocês imaginam como eu me senti?
Essas coisas só acontecem comigo!
Na hora pensei por que comigo? Essa história e muitas outras que já aconteceram comigo não relacionadas com relacionamentos amorosos me faziam ficar no lugar de reclamação e sofrimento.
Esse é um lugar muito perigoso porque é a posição de vítima. Como se só o nosso problema fosse dolorido e triste, só a gente passasse por situações assim. Uma espécie de amizade eterna com a dor. “Ninguém sofre mais que eu”
O que eu não percebia que embaixo dessa “capa” de sofrimento algum benefício eu tinha. A verdade é que existe um ganho secundário. A gente sempre ganha algo em tudo o que fazemos.
Qual o ganho secundário em ser vítima?
Ler sobre “ganho secundário” pode parecer estranho, mas ficar triste, reclamar da vida, ganhar atenção por essas situações são ganhos. As pessoas começam a te ver como coitadinha ou coitadinho, começam a tomar cuidado com o que vão falar para não magoar até chegar num momento que cansam e começam a não quererem mais estar por perto.
De solidárias se tornam pessoas distantes.
Para que?
Embora a tendência é perguntar “por que”? uma boa pergunta é “para que” estar nesse lugar de coitados, vítimas e abandonados do mundo?
Mas não é fácil perceber este lugar sem ajuda profissional para isso que o processo de autoconhecimento se torna um grande aliado que ajuda a perceber alguns pontos importantes.
Fazer terapia é uma forma de se conhecer mais, se entender mais e também se amar mais, se você se identificou com este texto eu posso te ajudar, é só clicar aqui