Uma vez eu me relacionei com uma pessoa muito diferente de mim. No primeiro momento pensei que fôssemos muito iguais, mas com o contato percebi que ele tinha valores muito controversos aos meus, mentia, inventava, justificava seus erros. Também não se comprometia com nada. Lembro até de uma vez que nos convidaram para ser madrinha e padrinho de casamento e ele não foi nem ao evento.
Esta relação (que aconteceu mais na minha cabeça do que de fato na vida dele) resultou em muito tempo me achando a errada. Como se o padrão dele fosse o correto e eu num mundo imaginário de Alice. Demorou um tempo para eu compreender o que acontecia.
Eu me lembrei dele (e de mais algumas outras pessoas) porque se estivesse próximo de mim hoje com o mesmo discurso daquela época eu jamais cairia na conversa, pois energias como estas já não me acessam, não se aproximam.
Atualmente quando analiso as coisas estranhas que fiz ou as pessoas esquisitas e totalmente fora dos meus valores que me relacionei penso que evolui, que meus filtros estão mais afinados.
E isto tem a ver com as escolhas que fazemos. Sei que falei sobre isto outro dia contigo, mas quero reforçar este tema, pois elas precisam estar alinhadas com os nossos valores e se você ainda não descobriu o que realmente importa em sua vida, eu vou dar um exemplo para ajudar.
Honestidade e justiça são valores para mim, então se eu trabalho numa empresa onde injustiças são o foco principal a probabilidade de eu me sentir agredida é imensa, ou seja, eu me firo a mais do que o necessário. Porém, quando eu sei isto evito sofrimento.
E este desafio diminui quando nos conhecemos, por isto fica ai o desafio: vamos pensar sobre o que realmente é importante para nós, o que nos é caro e as relações que temos tido com o mundo? Vamos alinhar nossas escolhas para que tenhamos cada vez mais boas notícias?