É de dentro pra fora
Ser a melhor em alguma coisa não foi e não é meu objetivo. Acredito que quando a gente faz algo que gostamos, de dentro para fora, automaticamente está se tornando o melhor naquilo, mas não na comparação com o outro só realizando o nosso melhor.
Hoje em dia vejo as pessoas falando muito sobre serem as melhores: serem destaques, reconhecidos como o “master-blaster-super-power” do planeta e por mais que eu sinta uma força social que me empurre a ser assim, eu resisto.
Eu quero me sentir realizada
E ser feliz nas minhas escolhas, relações amorosas, relações familiares, na função que eu estiver exercendo profissionalmente, mas não quero ser a melhor em tudo e acima de tudo. Porque sei que em algum momento posso falhar e ser melhor não comporta errar.
E desculpem os empreendedores determinados, talvez isto não combine com o que vocês acreditem e talvez isto não seja a melhor coisa a ser dita num texto motivacional, mas é que se não faz sentido para mim, não tem porque acontecer.
Eu até fico pensando: mas será que isto é falta de autoestima? De confiança em mim? De ser segura?
Mas não consigo associar meu modo de ver as coisas como sendo falta de segurança, confiança ou baixa autoestima. E cada dia que passa mais uma voz que era quase silenciosa dentro de mim grita e diz: sem sentido não há razão!
Não há razão para estar em locais que nos fazem mal, nos agridem emocionalmente ou que apenas aponta nossos piores momentos. Nesses lugares não há sentido.
E se pudermos ser melhores, que possamos ser melhores pessoas, habilitando cada dia mais a empatia, na percepção do outro, no processo da vida como um todo.
Se eu for melhor no meu mundinho sem tocar em nenhum outro ser, é sinal que não fez a menor diferença. Pelo menos não para mim. A qualidade do nosso eco é muito mais importante do que a quantidade do eco dos outros sobre nós.
Já parou para pensar sobre isto?