Quantas vezes achamos que ajudar é sinônimo de estar ao lado independentemente do que pudesse acontecer? E de certa forma, invadimos o espaço do outro?
Nós temos mania de achar que ajudar é falar, sugerir, opinar, dizer…
Normalmente quando alguém nos conta um problema temos obrigação de dizer algo sobre o assunto – independente da pessoa pedir ou não.
É aquela coisa, não sabemos o que dizer, queremos falar algo que possa ajudar, tirar a dor com a mão e garantir que “tudo vai dar certo”, mesmo quando não temos certeza disto. E atropelamos.
Esquecemos que podemos vibrar por aquela pessoa, desejar o melhor mesmo que ela não saiba. O que não dá é para forçar a barra. Por mais que os nossos sentimentos sejam genuínos eles precisam ficar no canto deles.
Existe a atenção e a intenção. Atenção é estar por perto e a intenção é passarmos da linha invisível criada pelo outro e nos tornarmos inconvenientes.
Que sejamos atentos, empáticos, mas jamais ultrapassemos os limites: nossos e dos outros.