O ponto maior de sua queixa era o fato deles não terem pensamentos semelhantes, situação que eu acredito ter se agravado por ele não ser brasileiro e culturalmente pensarem diferente.
Entre muitos questionamentos e aflições ela confessou que mesmo com dúvidas ia seguir com o seu casamento para não decepcionar a família (pois uma união é para sempre) e por ter se comprometido em dar a ele o visto de permanência no país.
O casamento terminou pouco tempo depois e além de tudo de uma forma nada harmoniosa.
Me lembrei dela por me identificar muito. Quantas e quantas vezes a gente ouve nosso coração, sabe o que ele está gritando e mesmo assim insistimos com aquilo que não nos parece o melhor a ser feito?
E se ela tivesse aceitado todas as evidências de que não daria certo e abandonasse tudo ali, daquele jeito? Será que ela estaria mais feliz?
Se por um lado ela foi contra seu coração, por outro ela poderia até hoje estar se perguntando: “e se”?
Situação nada fácil, porém algo que todo mundo passa. Como alternativa para estas dúvidas comecei a treinar o silêncio em momentos mais tensos e assim sendo, ampliei minha conexão com o plano espiritual. Você pode encontrar em meditação, yoga, um bom filme, uma leitura bacana, etc.
Serenando a mente, nosso corpo acaba acalmando também e respostas para estas inquietações tornam-se mais fáceis de serem percebidas.
Faz tempo que não encontro esta minha amiga, mas da última vez soube que ela estava muito feliz: solteira, viajando, respeitando-se e realizando tudo o que sempre quis. Espero que ela continue assim.