Outro dia uma amiga me desencorajou a fazer algo que eu queria muito. Ela não sabia que estava me desencorajando, mas fiquei insegura se faria ou não.
Eu sei que o que ela estava fazendo era tentar me proteger de alguma frustração. E inconscientemente se projetando na situação também. Ela faria o que recomendou a mim.
Isto é muito comum: atribuímos o nosso receio ao aconselhar e projetamos nele nossas inseguranças. O que a gente esquece é que o outro pode estar esperando justamente o oposto do que fizemos.
Isto não quer dizer que precisamos ficar distante de opiniões ou abstendo-se de ajudas quando solicitadas, mas podemos praticar a empatia.
Já falei algumas vezes sobre isto por aqui, pois acredito que seja algo realmente transformador na vida das pessoas.
Nós não precisamos concordar com o outro, mas podemos amorosamente nos colocar na situação em que ele está passando e sentir o que de fato ele necessita para depois poder auxiliá-lo.
Se é fácil? Diria que é treino assim como a musculação que é um exercício diário e que depois de um tempo já faz parte do nosso processo virando um hábito.
Ser empático é uma forma de dizer ao outro: eu te compreendo, te aceito e estou junto contigo. O que não quer dizer que a gente tenha que fazer o mesmo que ele.
A partir do momento que esta palavra e todo o seu significado entraram em minha vida meu mundo se tornou muito mais pessoal do que formal. Não posso dizer que com isto minha vida é outra, mas a maneira como eu enxergo e aceito o outro definitivamente mudou.
Proponho a você o teste da empatia por alguns dias e depois venha aqui para me contar como foi. Espero que neste seu treino você tenha um novo olhar para antigas situações e quem sabe até possa retomar contatos de quem jamais pensou rever. O que vale é se permitir ir além!