A vida é boa, é importante termos a mente positiva, focar no bem, na caridade, acordar acreditando que todos os dias são oportunidades divinas, mas existem situações e momentos que o nosso pensamento queira ser otimista e acaba perdendo a guerra.
O que fazer? Fingir que está tudo bem quando um ente querido está muito doente? Sorrir quando sabemos que nosso animal de estimação está passando por momentos que não gostaríamos? Levar na brincadeira quando perdemos alguém muito especial?
Embora meu trabalho esteja voltado para os sentimentos positivos e que tenha embasamento na psicologia positiva, não sou a favor de camuflar sofrimentos, aliás nem é um propósito da psicologia positiva. Eles devem ser sentidos, porém, não estendidos.
A dor dura o tempo necessário, já o sofrimento prolonga a dor.
E esconder angústia, mágoa, tristeza, só piora a nossa energia como um todo. De que adianta fingirmos que tudo está bem quando não está? Quando o que nós mais queríamos era que tudo se resolvesse como em um passe de mágica?
Camuflar sentimentos traz dores físicas também, tensão musculares, dores no estômago, insônia, palpitação no coração, sensação de enfarte e pode sim virar uma doença.
Então para que guardá-los e fingir que nada está acontecendo?
Vamos sentir sim, vamos dizer o que nos magoa sim, vamos ser honestos – primeiro com a gente e com os nossas emoções e depois com o outro e com o que ele nos provoca – de bom ou de ruim. Quanto mais transparentes somos conosco e com os outros, mais relações verdadeiras teremos.
Mas vamos também ter fé e acreditar que tudo o que passamos são momentos e temos doses de bons momentos e doses de momentos menos bons, mas o que vale é termos sempre aquelas lembranças incríveis para guardarmos no coração.