Todo dia é uma nova tentativa. Uma porta que pode se abrir. Toda dor vai, lentamente, diminuindo e tornando-se reflexão ou saudade.
Comecei o ano com planos, metas, objetivos para a minha vida. Embora eu faça isto diariamente, fiz também como previsão anual. Só que a vida não é o planejado, é aquilo que precisamos viver e passar.
O primeiro texto este ano falava sobre o ciclo de cada um e mencionei sobre a minha cadela que estava bem fragilizada e caminhando para o seu fim. Seu ciclo finalizou dias depois e o que eu posso dizer é que acabei mudando algumas metas e planos para o ano devido a isto.
Isto nos faz pensar sobre flexibilidade, adaptação e mudança de rotas.
Não tem como sistematizarmos nossa vida e querermos o tempo todo controlarmos tudo. A vida não é controle. Ela se faz justamente das infinitas possibilidades que temos todos os dias ao acordar.
Ela é a dor, mas também a alegria. É a perda, mas também o ganho. É o extrovertido e também o introvertido. É a dualidade e tudo isto forma o que chamamos de momentos.
O processo da partida da Nina (minha cadela) fez eu pensar em muitas coisas e principalmente em aceitar mais a vida como ela é. Aproveitar os momentos felizes intensamente e simplesmente sentir o que tiver que sentir quando a dor chegar, sem esconder ou camuflar.
E por isto que venho aqui compartilhar, porque não são só os momentos bons que fazem a nossa vida, os difíceis também, mas quando acreditamos no amparo e no acolhimento compreendemos que tudo tem uma razão de ser e que nada é por acaso.