Passar roupa é uma atividade que não gosto de fazer, então quando isto acontece necessito de um ritual: coloco algum cd que adoro, vou cantando e passando a roupa. Fora isto, é um momento reflexivo. Da última vez estava tocando Art Popular, aqueles “hits” antigos (sou “vintage”).
Além de voltar no tempo daquelas músicas, comecei a pensar nas minhas primeiras vezes da vida: lembrei do primeiro dia numa nova escola, dos primeiros amigos verdadeiros que fiz (e que ainda estão ao meu lado), do primeiro amor, a primeira paixão, o primeiro beijo, a primeira vez, os primeiros dias de trabalho numa empresa (que para mim são os piores), a primeira decepção amorosa, a primeira perda realmente significativa na vida e resgatando-os.
Em cada um dos que encontrei neste álbum imaginário imaginei como seria aquele momento nos dias de hoje e a conclusão foi que eu não mudaria nada, pois tudo aquilo que vivi fez eu ser o que sou.
Se considerarmos que todos os nossos dias são “novos” que tal resgatar aquela ansiedade gostosa que a gente tinha quando ia fazer uma excursão na escola e dormia menos na noite anterior ou dos dias que a gente não vê a hora de chegar porque temos uma programação incrível?
Porque ele pode ser.
Recebemos todos os dias um novo amanhecer que conta com uma gama de probabilidades das mais variadas, que pode sim nos fazer acreditar em todas as nossas potencialidades, em nossa proteção divina, no caminho de luz que nos protege e isto já é razão para acordarmos felizes e dispostos. Além disto, ter fé no “dia novo todo dia” nos dá a oportunidade de revigorar nossas energias e criar um mundo infinito de possibilidades…