Lembro como se fosse ontem como tudo começou. Uma lousinha de brinquedo, giz, as bonecas sentadinhas e eu. Ensinando como fazer a letra A que eu havia acabado de aprender na escola. Não foram poucas vezes que incrementava a brincadeira com uma lista de chamadas e, vez ou outra, reunião de pais.
Quando não era isso, era a elaboração de um espetáculo: roterizava, dirigia e atuava em showzinhos para a família. Ah, também tinha o meu primeiro gradiente… tudo que eu mais gostava era entrevistar aos outros sobre o que eles pensavam, gostavam e como se sentiam nas festas de família. Com uns 9 defendia meus direitos, os mais fracos e oprimidos. Argumentava e questionava. Já maiorzinha gostava de escrever: poemas, contos, rimas e paródias. Na adolescência ficou nítido um “quê” empreendedor: já vendi cosmético, artesanato, bolsa, biquini, brigadeiro, faixa de cabelo, carta de amor… E aos 17 o drama: “o que vou escolher de faculdade?”
Atriz? Jornalista? Publicitária? Professora? Advogada? Comerciante? …
Psicologia, indicava um teste que fiz por aí. Foi só um teste e eu não sabia bem o que seria do próximo ano. Só que eu não queria mais saber de Matemática. Entrei. Entrei sem saber direito na profissão que combinava direitinho comigo.
Sabe a surpresa? TINHA MATEMÁTICA. Só que tudo bem… ao longo do caminho descobri que com a Psicologia eu poderia viver todos os dias como brincava quando criança.
Como psicóloga posso ser professora, agora de estudantes em psicologia, não mais das bonecas…
Sendo professora, roterizo, dirijo e atuo. Aulas, cursos, treinamentos…
Entrevisto pessoas, as ouço, as acolho e tenho interesse em saber o que pensam.
Promovo uma sociedade mais justa cada vez que desenvolvo a autonomia e independência de alunos e clientes.
Escrevo: artigos como esse. Alguns científicos e outros do tipo relatório.
E vendo.
Vendo a ideia da possibilidade de se fazer tudo que sempre te fez bem. Para “seguir o seu caminho”, como tantos recomendam por aí… é preciso saber os caminhos que já foram percorridos.
Comecei o texto dizendo que “lembro bem como tudo começou…”, e foi depois que me tornei Especialista em Orientação Profissional que entendi que eu me construí a Psicóloga que sou hoje ao longo da vida. Muito antes de ter escolhido entrar na faculdade.
Pode parecer complexo… e realmente é. E por isso convido aos meus colegas (profissionais ou estudantes) da área a participarem do Curso de Orientação Profissional.
Ocorrera nos dias 19 e 20 de novembro em São Paulo. Mais detalhes e inscrições no site: www.marianamarco.com.br/vip/or
Mariana Marco, é psicóloga que poderia listar aqui todos os títulos e experiências profissionais que tem. Envaidecida que só, vai deixar essa lista temporariamente de lado, pois tem se esforçado para tocar mais as pessoas e enaltecer-se menos. Aprendeu a se sentir livre e amada mesmo quando deixa essa lição escapar vez ou outra.