Acordei pensando na finitude da vida, mas não daquele modo que temos a tendência em divagar. Pensei na brevidade, sem o sentido mórbido, pesado, negativo da coisa, foi como se eu estivesse em frente do meu próprio filme. E nele ficassem dois tempos: o que já vivi e o que posso viver.
Quando vejo minhas realizações encontro momentos, conquistas, pessoas, amores, carinhos, colos, afetos dos mais variados possíveis e todos são muito significativos em minha caminhada o que me faz pensar que realizei bastante até agora e se partisse não ficariam tantos “e se” pelo caminho. Foram escolhas que me trouxeram até onde estou e daqui me sinto bem.
Na parte do que ainda posso realizar me surpreendi ao perceber que minha lista foi repleta de simplicidade, do menos e do que é de fato essencial para mim.
Comprar uma casa, trocar de carro, ser reconhecida profissionalmente são ambições interessantes, coisas que passam na cabeça de qualquer um de nós, porém quando se trata de vida e sua brevidade pulamos esta parte.
Porque a alegria genuína não está nas coisas, está nos seres, nas pessoas que nos fazem bem, no compartilhamento de experiências e aprendizados, no fazer a diferença na vida do outro e permitir o fluxo da vida sem pressão. Com menos, reforço.
E por não sabermos quando de fato iremos embora desta existência que é tão importante dizermos e fazermos tudo aquilo que o coração suplica. Dê aquele primeiro passo, faça as pazes com aquela pessoa que é mega importante para ti, abra seu coração e conte dos seus sentimentos para aquele que ilumina o seu dia.
E na dúvida de como agir se pergunte: se eu morresse hoje o que teria feito diferente? E faça, em vida.