Existem comidas que são deliciosas assim que acabam de serem feitas. São aqueles que quanto mais fresquinhos melhor: uma macarronada aos quatro queijos, uma pizza que saiu do forno à lenha naquele momento, uma batata frita…
Por outro lado, existem pratos que ficam bem mais saborosos no dia seguinte, quanto mais tempo com o gosto dos temperos melhor fica. Isso acontece com um feijão bem temperadinho, a maionese de batata que ficou na geladeira, a feijoada (para quem come), porém se pegarmos os pratos da outra lista eles não serão tão gostosos assim.
Assim são as nossas relações!
Existem pessoas que assim que conhecemos sentimos uma afinidade e sintonia incrível. Aquela em que consideramos “melhores amigas(os)” no ato, porém, o entusiasmo dura pouco. Com o tempo, percebemos que o sabor não é mais o mesmo, que não faz diferença em nossas vidas, não temos sentimentos ruins, apenas indiferentes.
Por outro lado, algumas pessoas são como o feijão! Aos poucos o sabor vai ficando ainda melhor e percebemos que esta relação estabelecida é muito mais sólida que a batata frita da lanchonete!
Os sabores variam, as pessoas variam, posso preferir peixe a carne, gente simples à refinada, pizza à feijoada, bate em papo em casa com amigos à uma noite badalada e isto não fará mal a ninguém, apenas estarei selecionando através das minhas experiências e vivências quais pessoas são para bate papo num bar e quais darão seu ombro nos meus piores momentos.
A comida assim como as relações variam conforme paladar, jeito, tipo, valores, atenções e sabores que estamos ou não dispostos a sentir. Quando passa do ponto, não há mais o que fazer a não ser abandonar, desapegar e deixar livre para a infinidade de opções que temos neste mundão!
Prato pronto, agora só falta servir.