Sempre existe oportunidade de olharmos o outro e sentirmos muito mais do que eles dizem por palavras. às vezes, não conseguimos captar de imediato o que ele tem a nos dizer, mas só de conversar podemos estar auxiliando ou compartilhando nossas experiências e vice-versa.
E toda vez que eu participo de algum bazar com as semijoias do Motivação eu experimento isso.
Rola uma tensão pré evento – será que o público tem a ver com o meu produto, será que terei retorno financeiro nele, será que o local é bacana, será, será?
Porém, uma coisa que eu sempre aprendo neles é que não importa se eu vou ou não ter retorno financeiro eu tenho aprendizado! É sempre uma lição.
Dá trabalho? Dá. É cansativo? Sim. O corpo reage? Sim. Temos que chegar cedinho para ajeitar tudo? Sim. A gente chega acelerada à noite em casa? Sim, mas estas experiências engrandecem a alma.
No último, eu não vendi o que esperava e isso é natural, cada dia é um dia, mas eu vi lição de vida, amor, paixão pela profissão e muita compaixão.
Eu reparei numa senhora que estava andando pelo espaço e que ficou olhando as semijoias à distância, mas não chegou perto e nem conversou. Ela estava com brincos dourados, colar dourado, uma roupa de frio e chinelo de dedos.
No bazar a gente fica atento a tudo e todos, porque tem gente que gosta de conversar e outros que só querem olhar o produto e sair da mesa, então ela foi mais uma das pessoas que passaram pela minha mesa e que eu reparei.
Mais tarde ela voltou para a minha mesa e começou a conversar e contar a sua história. Ela é apaixonada pelo dourado. Ama. E disse que o marido dela trabalhava numa fábrica de ouro e que ela ainda tinha algum ouro guardado e que embora ela não quisesse morrer ela sabia que um dia ia e que seu ouro ficaria para a neta de 14 anos.
Uma amiga que estava lá me prestigiando, e de um coração que transborda, sentiu sua dor e sofrimento e disse a ela que tudo iria passar, que seus dias de tristezas terminariam. E perguntou a ela:
“- A senhora comeu hoje?”
E com uma carinha muito constrangida ela fez que não com a cabeça. O restante que aconteceu foi uma prova de que o mundo está cheio de pessoas do bem e que eu tenho a benção de ter estas pessoas ao meu redor.
Não consigo me esquecer daquela senhora – que nem o nome eu perguntei – e da cena que assisti. O que é um retorno financeiro diante da possibilidade de auxiliar uma pessoa?
Dinheiro paga conta, nos dá condições de viver dignamente, paga viagens, roupas, carro, comida, mas não dá o que mais importa: amor.
A próxima vez que estiver diante de alguém que nunca te viu, tente se aproximar do coração desta pessoa e sentir o que ela precisa, talvez o maior presente que alguém possa ganhar seja você!