Era um dia como outro qualquer. Ordinário. Rotineiro. Dia útil como dizem por ai…
Fiz tudo o que eu precisava fazer durante ele: compromissos matinais, programações de postagens, compartilhamentos nas listas de transmissão do WhatsApp, contatos para prospecção, atividade física, reunião via internet e o dia foi seguindo seu fluxo…
Só que paralelamente ao decorrer dele eu tinha uma informação nova que me deixava tensa. Vinha de uma outra pessoa que se tornou uma opção inviável na minha vida pessoal. Digo assim, porque a relação entre nós foge daquilo que gostaríamos que fosse.
Este dia foi diferente, porque além de eu tentar não me reaproximar eu sabia intimamente que o melhor a fazer era me distanciar. Já estava decidido isto em mim. E você sabe que quando a gente decide algo por amor a nós mesmos a força parece que se multiplica, potencializa e se torna muito maior que nós.
Utilizei do instrumento que melhor sei usar, a escrita, para dizer tudo o que estava “guardando para um momento oportuno.”
Como resposta, recebi um texto imenso que levou muito tempo sendo digitado pelo WhatsApp, e que, devido a demora, meu coração ficava cada minuto mais acelerado e ansioso. Ele pedia para que o “digitando” se transformasse logo em enviado e por mim fosse lido.
Por uma razão que eu não sei bem dizer, mais uma vez me vi num “looping” como se momentos do passado voltassem a me rondar, me revisitar, uma forma delicada de dizer que eu já sabia o final daquilo tudo.
Independente qual era a situação que passei, não gostamos de sentir que na lista de prioridade do outro não somos nem a primeira página.
Aquilo remoeu em mim, foi dolorido, pesado, muito na cara para ser uma semana tão ensolarada…
O que eu havia organizado dentro de mim para o fim de tarde caiu por terra, mas o pior foi eu ter ignorado mais uma vez meus próprios instintos. Algumas lágrimas resolveram umedecer meu rosto.
Foi neste momento que continuei o segundo livro da Ana Holanda, chamado “Como Se encontrar na escrita“. Ele leva o mesmo nome que o seu curso, pois diferente do que normalmente acontece ele nasceu depois da série de aulas que ela dá para falar sobre a escrita.
Para quem não a conhece, ela está mãe de Clara e Lucas e boadrasta da Maria, editora-chefe da revista Vida Simples, tem dois livros publicados – Minha mãe fazia e Como se encontrar na escrita, já deu palestra no Tedx e anda pelo Brasil todo compartilhando aquilo que ela batizou de “Escrita Afetuosa”, pois afeta o outro. Nem preciso dizer que me tornei filha desta forma de escrever.
Eu não sei se já comentei por aqui, mas embora eu ame livros tenho um pequeno problema – costumo parar na metade e não continuo a leitura. Volto a ler muito tempo depois e ai preciso começar do início porque tudo ficou lá atrás.
Curiosamente o livro dela não seguiu esta linha. Se for contar em tempo de leitura posso dizer que um dia foi suficiente para ler ele inteiro. Se tem muitas páginas? Não contei quantas, não é pequeno, mas para mim não fez a menor diferença. Assim como a revista, li do início ao fim, e me emocionei em diversos momentos.
E isso até pode ter alguma relação com o afeto que tenho por ela, mas tenho certeza que se eu comprasse aleatoriamente ele numa livraria e lesse teria o mesmo resultado, sabe por que? Porque ele é recheado de sentimento, de amor, de afeto, de troca e de uma quantidade imensa de respeito.
Ana é uma das pessoas mais generosas e bondosas que eu já conheci aqui nesta existência. E meu encontro com ela se iniciou muito antes de eu imaginar que iria fazer esta aula. Bem no início do Motivação Todo Dia eu tive a ideia de compartilhar no site algumas dicas bacanas de uma seção da Vida Simples, mas para isto eu precisava de autorização de alguém de lá. E foi assim que o destino me colocou em contato com ela.
O meu primeiro pensamento foi que jamais alguém de um cargo alto numa revista responderia este tipo de mensagem. Acontece que a Ana não é alguma coisa, ela está temporariamente isso ou aquilo e sabe bem que antes de sermos chefes, doutores, pais, políticos, cantores, moradores de ruas, somos pessoas e é isso que nos torna iguais. E ela me respondeu autorizando. Até hoje não criei esta aba aqui no site…
Foi só tempos depois que chegou a possibilidade de fazer o Como se encontrar na escrita e conhecê-la. Sempre digo que cursos bons não são medidos por preço, porque o que importa é o valor agregado a sua vida.
Até hoje eu ganho presentes que deram início ali – um amigo e irmão para a vida toda e uma pessoa que me inspiro para ser melhor na escrita a cada dia. E ela fala isso lá que é bom termos alguém que nos inspira para podermos ter um norte, mas que o nosso jeito só nós temos.
Outra coisa que ela menciona é que texto não tem tamanho, ele pode ser de duas linhas e dizer profundamente o que precisa ser dito ou imenso como este e fazer com que as pessoas se conectem com ele porque novamente não estamos falando de letras estamos falando de tocar o outro e fazer sentido para o mundo.
Para finalizar tudo isto sinto necessidade de dizer que naquele mesmo dia, como um outro qualquer. Ordinário. Rotineiro. Dia útil como dizem por ai…eu me encontrei através da escrita na minha vida novamente.
E de novo, foi ela, sem saber que me salvou para o meu mundo!
A Ana me emociona. Sempre. Muito. De uma forma visceral, mas nas pequenas coisas. No corriqueiro. No dia a dia. Porque a nossa vida é assim.
Gratidão infinita, por fazer o que faz do jeito que faz e por nos trazer de volta na essência daquilo que somos.
*Abaixo estão todos os links para os links para acessar seus livros, cursos e palestras
Curso – Como se encontrar na escrita
Livro – Como se encontrar na escrita
Livro – Minha mãe fazia