Abra mão!
Abra mão!
Nada é nosso, do nosso controle ou domínio.
O controle que achamos que temos é da nossa vida e mesmo assim é relativo.
Existe algo maior que determina até quando estaremos por aqui, então nem sobre a nossa partida temos controle.
Segurar demais algo é como apertar areia, vai escorrendo pelos dedos e quando a gente vê já não há nada mais lá. Ciúmes e posse, são sentimentos que mais nos prendem ao erro do que a qualquer outra coisa.
Eu conheço e me reconheço. Já tive meu papel principal neste tema, mas hoje eu experimento com todas as minhas forças a não ter posse. A não querer que tudo seja meu, apenas meu, de meu domínio…
O que acontece quando temos ciúmes?
Por insegurança nossa, a gente tira o foco sobre nós e transferimos tudo para aquela coisa ou pessoa, como se de fato tivéssemos um papel de dono daquilo.
Somos do mundo e o mundo é nosso.
Não temos dono e também não somos dono.
O desapego é a prática que mais nos ajuda a abrirmos mão.
A gente pode começar com nossas roupas: há quanto tempo você não doa aquelas roupas lindas que você usou uma vez só?
Ou aqueles brinquedos de criança que você ainda tem guardado porque acha que quando seu filho nascer vai brincar. Será mesmo que com tanta tecnologia no mundo ele vai querer seu brinquedo? E se você não tiver filhos? Ou se eles não gostarem dos brinquedos?
Quando menos prendemos, mais ganhamos e quanto menos obrigamos alguém a estar ao nosso lado, mais temos pessoas ao nosso redor. Donos somos da nossa alma, mas isto é outro capítulo!