Para que a resistência?
Quando estamos dentro do mar se não fizermos força para ficarmos no mesmo lugar ou a beira dele somos levados pela correnteza. Da mesma forma, quando as ondas veem elas nos empurram para fora e o nosso corpo faz um movimento extra para não ser engolido pelo mar e sair dele. Desta forma criamos uma resistência.
No caso do mar vale resistir, pois corremos o risco de nos afogar se simplesmente permitirmos que esta força nos leve sem que a gente lute contra.
Na nossa vida, no nosso dia a dia, será que resistir é necessário?
Às vezes, pode ser apenas uma maneira imatura de lidarmos com uma situação que não está saindo do jeito que queremos, e, portanto, uma forma de reagir sem racionalizar.
Há algum tempo fiz algumas sessões de reprogramação celular e o terapeuta em questão falou sobre a reação e me disse que quando reagimos, não pensamos. É como alguém nos cutucar e a gente olhar esta pessoa automaticamente.
Na reação não há “degustação”, observação, apuração dos fatos, pois está tudo quente, fervendo e a resposta precisar ser imediata, já agir é diferente.
Na ação, tem a racionalização da situação, o pensamento sem a emoção, as ponderações e ai sim uma atitude. Aceitar quando algo não dá certo não é fracasso, é compreensão. Compreender que o melhor está acontecendo exatamente neste momento para todos nós não é ter uma visão otimista, é acreditar.
Quanto mais resistência, mais dor.
Quanto mais dor, menos compreensão.
Quanto menos compreensão, menor amor.
Sem amor, nada flui.