E conforme ela foi falando eu fui vagando para outros terrenos e talvez tenha conseguido captar o que ela estava tentando me dizer.
Quando a gente gosta muito de alguém, tem tanto medo de perder, de falhar, de não ser o que o outro espera que corremos um enorme risco de apresentarmos uma falsa propaganda sobre nós involuntariamente.
Voltando um pouco o filme cheguei nos relacionamentos que eu mais me entreguei e gostei. Foi lá que achei a resposta: quando tentava ser algo que o outro gostaria que eu fosse dava tudo errado, além dele sempre esperar de mim o que eu não conseguia, mas vendia como possível.
Já nos relacionamentos sem perspectivas alguma, que eu nem me preocupei se estava agradando ou não, se ia ser aceita por aquela pessoa, que usava a roupa que me sentia bem, sem fazer tipo disto ou daquilo, fluía.
Estes últimos relacionamentos foram muito mais bem sucedidos que aqueles que eu me moldei para ser o melhor. Minha autenticidade estava presente em cada momento, em cada palavra, em cada sentimento.
(não estou dizendo aqui que somos falsos quando amamos, mas que temos muito medo de desagradar e assim sendo podemos camuflar nossa essência).
Não sei se de fato era isto que ela queria dizer, mas compreendo que para deixar nossa vida fluir é necessário leveza, liberdade e autenticidade: para si e para o outro.