Imaginem um videogame. Só passamos de fase depois que conseguimos desvendar os mistérios dela. Às vezes, ficamos muito tempo num mesmo nível do jogo, até acertar. Após aprendermos, não há mais interesse ou surpresa com aquele nível e começamos a explorar as novas etapas.
Eu comparo esta experiência lúdica com as nossas fases de vida. Cada momento exige de nós habilidades específicas que precisamos desenvolver para aquele determinado momento. Também entendo que se isto não acontece de uma forma natural, acontecerão de maneira mais impactante para que a gente possa lidar com estas questões de um jeito ou de outro.
Embora seja assustador e muitas vezes desesperador o novo, encaro como algo positivo. Porque agirmos do mesmo modo o tempo todo não permite termos flexibilidade na vida. E flexibilidade não tem apenas conosco, tem ver com um modo diferente de enxergar as pessoas ao nosso redor.
Tudo bem que isto não seja obrigatório. Não temos obrigação de entender o diferente de nós, mas eu acredito que conviver não é somente ter um diálogo amigável, é compreender o outro e suas atitudes.
Outro ponto importante é que toda quebra da monotonia pede de nós alguma atitude diferente. Algo que nunca fizemos ou que jamais pensamos em fazer. Sabe aquela frase? ” Loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo exatamente igual!” Albert Einstein, pois então, é disto que eu falo.
E com isto chegamos ao termo – zona de conforto – que é uma série de ações, pensamentos e comportamentos que uma pessoa está acostumada a ter e que não causam nenhum tipo de medo, ansiedade ou risco. É uma situação onde nenhum indivíduo se sente ameaçado.
E estar acomodado não nos leva a local nenhum. Somente com a vulnerabilidade que conseguimos sair desta acomodação e partir para uma ação diferente. É como se o Universo dissesse:
” – Acorda que a vida é mais do que isto!”
Eu imagino que você já tenha passado por alguma situação parecida com esta e por muitas vezes se surpreendeu quando o rumo foi completamente do previsto.
O que nos leva a crer que não importa quantas vezes iremos seguir por caminhos novos, mas sim o quanto disto fará com que nos tornemos mais preparados e dispostos para o novo.