Eu sou uma pessoa musical. Ouço músicas e automaticamente me remeto para a época, momento, instante, viagem ou apenas uma lembrança de um dia comum. Não tenho apenas recordações especiais para dias importantes.
Também utilizo a música para “rebater” a dor, a tristeza ou o desânimo. Faço “sessão de terapia” ouvindo cd´s inteirinhos, cantando alto. E de tempos em tempos eu me encanto com algo e ai fico ouvindo dia e noite o mesmo som, até saber de cor a letra.
E ai que entra a parte que eu queria compartilhar: o que me faz curtir a música é a letra. Pode ter a batida mais gostosa do mundo, mas se a letra não diz nada para mim, não toca meu coração, não vale. E isto diz muito sobre mim, pois a escrita é a minha paixão.
Se hoje eu não soubesse o que fazer da minha vida eu faria uma “timeline” , puxando pela memória o que eu mais fazia desde pequena e seu motivo. E é neste flashback rápido que eu me descubro escrevendo, contando para o papel tudo aquilo que minha mente achava ser verdade, todas as dores de amores não correspondidos no auge dos meus 13 anos, por exemplo, toda a angústia de não saber o que me esperava mais à frente e todo estado patético, porém não menos importante de se apaixonar!
E isto pode ser feito também por você! Resgate sua criança e traga para sentar com você ai mesmo. Puxe pela memória algo que sempre fez e que adora até hoje, nossa missão ou propósito de vida provavelmente estará nestas cenas do passado.
Nunca é tarde para nos descobrirmos ou nos reencontrarmos. Isto é o que chamamos de realização, dharma, e é mais forte do que todas as formações que temos, títulos, etc.
Chame a sua criança interior para passear e tenha certeza que ela vai te dizer muito mais do que qualquer livro acadêmico já te disse!