Como o bambu
- Resiliência no dicionário:
Física – propriedade que alguns corpos apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma deformação elástica.
Figurado (sentido)figuradamente – capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças.
Se formos reparar bem, tanto na física como no sentido figurado elas funcionam de forma parecida – servem para nos reabilitar de alguma situação que não estávamos esperando e que nos balançaram profundamente.
Uma perda de alguém querido, uma doença nossa, de alguma pessoa ou animalzinho que amamos, uma discussão que não tem volta, o fim de um relacionamento, um curso que precisamos desistir porque não temos grana para continuar, ou qualquer outra situação que nos tire do equilíbrio, nos pede resiliência.
Fingir que não é com você
Não digo que a dor não deva ser vivida, deve. Doeu, chore, sinta, viva aquilo. Só que ela não pode ser eterna. Digo não pode porque só faz mal para nós. Precisamos encontrar uma razão para estarmos aqui vivendo e evoluindo, porque se nós estamos passando por este momento é sinal de que temos algo a aprender. Independente dos fatores externos. E também porque temos condições para superar.
E isso me lembra a história sobre o bambu.
O bambu leva 5 anos para aparecer fora da terra. Ele passa este período todo criando, através de sua semente, uma estrutura forte horizontal e vertical com raiz bem fincada no solo. Só após isso ele nasce e pode chegar a ter 25 metros. Quem os olha não consegue perceber sua força quando os ventos fortes, geadas, nevoeiros e outros fatores climáticos atmosféricos chegam, mas ele balança, entorta, curva-se quase inteirinho e depois se reergue. Sem se quebrar.
Ser bambu é isso. É encontrar meios de jamais perder a flexibilidade e a vontade de viver. É ter certeza que tudo está sob a mais perfeita ordem e que se estamos onde estamos é porque realmente temos que estar.
Quem olha um bambu, jamais pensa em sua força porque ele pode ser alto, mas não tem estrutura de muitas outras árvores que possuem troncos largos, ele poderia ser um dos primeiros a se quebrar.
Como o mestre de Aikido, Kensho Furuya diz: “O guerreiro, como o bambu, está sempre pronto para a ação.” Ou seja, se a gente se prepara, estuda, acredita e jamais abandona o barco estaremos prontos para o que vier em nosso caminho.
Que sejamos como bambus e possamos entender a força que temos!