Início do ano e já uma montanha-russa de tanta coisa ao mesmo tempo. Coisas boas e não tão boas assim. Não tenho o costume de usar a palavra “ruim”? Sabe por que?
Porque eu não acredito que o “não tão bom assim” seja efetivamente ruim.
Se fosse há anos atrás com certeza eu utilizaria este termo, pois eu tinha o hábito de reclamar. Hábito, vício, sei lá. Via como se tudo o que não acontecesse da forma que eu queria fosse ruim, mas com os anos e a prática da gratidão eu comecei a perceber que até as coisas que não são consideradas boas nos trazem algo que fica de positivo.
Quer ver só? Aquela amizade que todo mundo tem com aquela pessoa que sempre cobra da gente atenção, ouvido, exclusividade, mas que quando nós questionamos ou dizemos o que pensamos a respeito dela ficamos no gelo por ela ou ouvimos que somos insensíveis? Quando algo na nossa vida nos faz ver que esta pessoa mais suga do que ajuda e nos afastamos, aprendemos o que é sintonia e afinidade. E o que é amigo de verdade.
Aquela relação que mais briga que ajusta, que mais desarmoniza que acolhe, quando acaba a gente sente, sofre, chora, mas não pela pessoa, mas porque simplesmente não conhecemos relação melhor e achamos que aquilo que vivíamos era o melhor que poderíamos receber. Depois de um tempo a vida nos mostra o que é ser acolhido de verdade e ai agradecemos por termos vivido uma relação “mais ou menos” para reconhecer a relação saudável que merecemos!
Ou seja, o ruim também é bom. Até mesmo nos momentos de perdas de pessoas ou animais de estimação queridos que amamos. Sentimos muito, de arder a nossa alma, mas entendemos que seria egoísmo querer que eles ficassem ao nosso lado mesmo em sofrimento e o que fica de bom é toda alegria que estas pessoas ou animais nos proporcionaram enquanto estavam ao nosso lado.
Viver é bom. Dói às vezes, mas nos dá a possibilidade de melhorarmos. Todos os dias.