Nós, os paulistanos, temos como hábito em dias de folga – como finais de semana, feriados e férias – buscarmos a a nossa “praia” da cidade, que são os parques. Existem muitos deles espalhados em várias regiões de São Paulo, alguns mais conhecidos como o Parque do Ibirapuera, da Aclimação, da Independência, do Povo, do Carmo, Villa-Lobos, e outros menores.
Nestes dias de folga e tempo bom todos ficam lotados. Quando vou em algum deles encontro duas categorias de pessoas que estão lá: os atletas ou esportistas, que treinam sempre profissionalmente ou que optaram por um estilo de vida mais saudável incluindo as atividades físicas ao ar livre e os que estão a passeio para relaxar.
Esta segunda categoria é a que mais me chama atenção. Teoricamente o objetivo de estarem indo até o parque é para relaxarem, descansarem e desligarem de suas atribuições do dia a dia.
No meu reparo encontrei pessoas, em sua maioria, andando numa velocidade nada habitual de quem está apenas passeando, era como se estivessem na Avenida Paulista atrasado para alguma coisa. E os que estão sentados com seus celulares a postos.
Quando vamos desligar?
Refazendo a cena – você acorda e decide relaxar no parque do seu bairro. Sozinho(a) ou acompanhado(a). Chega no local e começa andar com a pressa de quem está atrasado(a), senta embaixo de um árvore e tira seu celular do bolso e começa a olhar o whatsapp, facebook, instagram, curtindo a postagem do povo e se esquece de viver aquele momento poético (você concordando ou não estar em meio à natureza é poético).
A proposta era relaxar, mas nós ligamos nosso cérebro a atividades que nos geram ansiedade e deixamos o momento ir embora.
Por que a emergência de estar andando com pressa no momento de relax?
Desligar: transitivo direto – interromper o funcionamento de.
Até seu significado é claro e direto. E por isto, tenho procurado no meu dia a dia ficar menos “online”. E optado em fazer algumas trocas, como por exemplo desligar o WhatsApp em horas que não necessito estar em contato com outras pessoas, não abrir as janelas do facebook, e-mail e afins e focar apenas naquilo que estou efetivamente fazendo.
São escolhas, são maneiras e jeitos que selecionei para aos poucos me desintoxicar do online e começar a viver mais meus dias no offline.
Sabemos que ninguém vai aguardar um retorno nosso pela internet se o caso for urgente, sendo assim que a gente desligue, desconecte-se, relaxe e sinta os nossos dias como um delicioso gole de vida!