Nasci e moro em São Paulo. Nunca vivi em outro lugar. Não viajei mundo a fora para ter muitas referências, mas sou apaixonada pela minha cidade. Porém, só descubro mais sobre ela quando algum amigo ou amiga de outra cidade pousa aqui!
Entrar no Theatro Municipal, numa visita guiada, ouvir a história que está por trás daquele lugar, saber quem assinou aquela construção, ter um aprofundamento histórico do espaço que visitamos é algo que eu nunca fiz aqui. Até uma gaúcha, apaixonada por sampa, fazer o convite.
E isto me fez refletir sobre as nossas relações: com a gente e com o outro.
Sempre achamos que conhecemos profundamente algo ou alguém, até aparecer um fato novo e fazer com que coloquemos em “cheque” tudo aquilo que um dia era para nós verdade. Aquilo que seria inquebrável ou impossível de ser diferente.
Por mais que o conhecimento de alguma situação, convívio com alguém ou estudo seja aprofundado é impossível sabermos o todo, podemos ter uma compreensão maior do que está acontecendo do lado de lá, mas mesmo assim, não saberemos do todo.
Porque o ponto de vista é um olhar sobre aquilo.
A guia do Theatro contou uma história em cima do que leu e interpretou. Do que ela contou, eu coloquei o meu olhar e todas as outras pessoas fizeram a mesma coisa. Teve gente que reparou na parte da arquitetura, outros no lado histórico e outros estavam lá apenas acompanhando alguém.
Também me fez pensar sobre a minha vida. Será que estou tendo um ponto de vista otimista, positivo e acolhedor? Ou estou vendo a minha história como se fosse um filme de drama?
Cada modo de ver possibilita uma realidade diferente, mas sempre única!