Um campo neutro
Se algo não vai bem, se temos alguma situação desafiadora em nosso caminho que está nos deixando tensos ou desanimados. O que fazemos?
A maioria de nós entende que pedir ajuda não é uma opção. Isto foi algo que a nossa sociedade inseriu diminuindo qualquer pessoa que possa demonstrar o que chamamos de sensibilidade, mas que para muitos é visto como “fraqueza”.
O que é fraqueza? O que é ser vulnerável?
Mostrar para o mundo o que sentimos, demonstrar quando algo não vai bem, dizer que alguém nos magoou, isso é fraqueza? Não existe ato mais corajoso do que admitirmos que algo não vai bem.
E para os homens?
Agora, meu amigo, se você for homem piorou, pois homens não choram, não sentem dor, não ficam sensíveis, não podem demonstrar sentimento. Quanta besteira…
O que estamos fazendo com tudo isto? Alimentando a falta de comunicação e empatia. Diminuindo a possibilidade de auxiliar alguém que está precisando.
“O movimento Setembro Amarelo, mês mundial de prevenção do suicídio, iniciado em 2015, visa sensibilizar e conscientizar a população sobre a questão”. Vale conferir www.setembroamarelo.org.br. e desta forma entender o quanto é importante nós falarmos sobre os sentimentos – de todos.
Se a gente começa a conversa com alguém e esta pessoa responde que não está bem, não sabemos o que responder, já repararam? Isto quando não falamos “- ah vai dar tudo certo!” sem nem ao menos ouvir o outro.
E com isto as pessoas se afastam, começam a esconder o que pensam, sentem e deixam de dizer. Vira dor, mágoa, ressentimento. E por fim, doença.
Depois o tempo passa e quando entendemos que falar faz bem e perguntamos ao outro o que está acontecendo ele nos responde de forma sucinta com alguma coisa básica do tipo – problemas – e não se abre mais.
Ambiente neutro
É necessário que se crie um espaço neutro para que possamos falar sobre os nossos sentimentos e sermos ouvidos sem julgamentos. Sem medos ou culpas. Aliás, quem foi que inventou a palavra culpa?
Vamos promover a conversa livre. As palavras soltas. O ouvir e sentir. Sem dedos apontados.