Trabalhei durante anos em regime CLT, ou seja, ao final do mês trabalhado eu recebia um salário por isto, além de ter FGTS, férias, seguro desemprego e a aposentadoria depois de muitos anos contribuindo com os meus 11% mensais.
Isto nunca foi algo que sonhei, planejei ou pensei que faria, era o padrão da família, dos amigos, das pessoas que conviviam comigo e para mim era o mesmo que nascer, crescer, casar, ter filhos, envelhecer e morrer, sabe? Aquela coisa que ensinam para a gente desde pequena?
Só que a vida, esta espertinha, sabe nos colocar em dúvidas mesmo quando a gente acha que deve seguir àquilo que todo mundo diz que é o caminho.
Em todas as ocasiões em que eu fui demitida sentia uma enorme vontade de criar, produzir, fazer algo por mim, sem ter que depender de chefes ou regras impostas por outras pessoas, não pelas regras, mas pela liberdade da criação.
Como muitos de vocês sabem, este ano eu fui demitida (mais uma vez). E do dia que sai de lá até hoje eu não me sinto sem emprego e muito menos parada. E sabe por que? Porque estou empregando meu tempo (e muito) produzindo aquilo que para mim vale muito a pena.
A recompensa é consequência, o retorno financeiro será pelo trabalho bem executado e feito com amor.
E parei para pensar sobre isto hoje porque estava arrumando os arquivos do meu computador, dividindo documentos em pastas e eu vi o tanto de coisas que eu produzo quando estou “desempregada”.
Criei projetos voluntários, ajudei diversos amigos com textos para suas futuras ou atuais empresas (gratuitamente), auxiliei uma publicitária tentando vender serviços de assessoria de imprensa para médicos (foi osso), fui colaboradora dos conselheiros do meu condomínio e, é claro, escrevendo no jornalzinho do prédio, vendi bijuteria, fui dogwalker, fiz cursos de inglês e italiano pela internet (não completamente), realizei um workshop idealizado por mim, dei palestras motivacionais e criei uma linha de canecas exclusivas do projeto que eu mais amo: este aqui que vocês passam todos os dias para ler.
Pergunto: eu não empreguei meu tempo?
Será mesmo que nosso tempo só é reconhecido quando a gente está contratado com carteira assinada? Será mesmo que podemos nos sentir abaixo da maioria que trabalha por anos no mesmo local ou que trabalha anos para uma empresa só porque nós optamos em fazer isto de forma diferente e mais flexível?
O que eu faço hoje não me consome o tempo todo, mas passo grande parte do dia elaborando e desenvolvendo ideias para o motivação e para outros projetos que ainda expandirei.
Quantas vezes você segue o fluxo porque esqueceu de se perguntar se era exatamente isto que você queria? Ou então se perguntou – para que estou fazendo isto? Qual o meu propósito? Minha missão? O que me faz vibrar?
Se por acaso estas perguntas ainda não te consumiram noite adentro como já aconteceu comigo, pode ser que você esteja no lugar certo, mas se estas palavras que eu falei te causaram um certo desconforto pode ser a tal da sincronicidade te convidando para experimentar um novo momento de vida.
Dá frio na barriga, mas uma alegria imensa também!
#motivaçãotododia
#keilacaiani
Louco isso, né? De repente pausar e perceber que apenas seguiu o fluxo…. Gratidão pela reflexão! 🙂
Beijos
É, seguir o fluxo é algo necessário para todos nós! Mesmo que todo mundo diga não!
Beijos