Abraços mais calorosos, perdão, convivência mais leve, afeto ao encontrar os vizinhos, amigos e pessoas conhecidas. Estas são as cenas que mais vejo no Natal ou no meu aniversário (é que os dois acontecem pertinho). E toda vez que me deparo estas ações me pergunto: não poderíamos fazer isto o ano todo?
Este espírito não poderia ser permanente? Uma data baseada no calendário cristão deve ser seguido porque assim Deus pediu? E o restante dos ensinamentos não poderiam ser contínuos independente de religião?
Na verdade, eu acredito que todo mundo quer ser natalino durante o ano inteiro, mas por vergonha ou medo de julgamentos acabam segurando durante um ano. Claro que pode ser uma teoria doida baseada em minhas próprias experiências, mas o que eu aprendi nestas doidas teorias é que a gente perde vida quando vive sem amor, ou sem demonstrá-lo.
Eu quero o espírito do Natal todos os dias. Já pensou receber mensagens carinhosas das pessoas que gostamos diariamente? Sentir que é querido é tão bom e faz bem para tanto para quem dá amor como para quem recebe.
Na minha família existem umas “lembrancinhas natalinas” simbólicas para todos que estiverem reunidos com a gente. Podem ser velas decoradas, um papel com uma frase para ser a sua meta do ano seguinte, uma árvore de Natal com palavras positivas, nada caro ou para ostentar são lembranças fofas que minha geladeira se compromete em guardar todos os anos.
Desta vez a proposta era tirar uma florzinha que atrás tinha uma palavra você teria que definir se é para “fazer, ter ou dar”. Para mim saiu a palavra ternura. Teve gente que pegou paciência, outras realização, mais algumas amor e o meu ternura. Eu decidi dar e receber ainda mais ternura, porque aquilo que a gente oferece ao mundo volta para nós.
Eu gosto destes presentes simbólicos, destas reflexões positivas porque tem a ver com o que eu acredito e se bobear isto me fortaleceu para a escrita.
Mas voltando ao tema – natal todos os dias – eu acredito que podemos tentar a partir de agora, que tal? Relevar algumas palavras ditas em momentos de fúria, perdoar aqueles que não sabem o que fazem, agradecer por termos discernimento, aprendermos a amar independente do que e sermos nós mesmos, por mais que possa causar estranhamento aos outros.
Te desafio e ai você topa?