Nesta mesma época no ano passado eu estava realizando um desejo e enfrentando um grande pânico: fui viajar para o Nordeste do Brasil e tive que encarar o meu medo de avião. Fazia exatamente 9 anos que eu não entrava nele.
Da última vez que tinha viajado foi à trabalho e talvez o momento de vida que eu estava tenha feito eu externalizar uma coisa que já existia em mim, pois nunca foi bom voar. E só para constar: não tenho medo de ficar presa no elevador, metrô, túnel ou qualquer outro lugar fechado, meu problema é com o avião.
Eu me lembro que depois da viagem a trabalho eu havia programado férias para Fortaleza, mas busquei um médico que confirmou aquela minha crise de ansiedade e cancelei a viagem.
Eu dizia – nunca mais vou andar de avião – e quando alguém falava de longas horas dentro dele me dava taquicardia. Com o tempo, a vida foi me trazendo pessoas que viajavam muito e uma amiga comissária. Foi ai que voltei a pensar na possibilidade de entrar numa aeronave novamente.
Anos atrás, combinei com esta amiga que faríamos um bate e volta no Rio de Janeiro para eu me ambientar com o avião ao lado de quem conhece todo o funcionamento dele, achando que assim minimizaria meu desespero. Só que logo após, ela engravidou e não pudemos viajar, mas eu sei que minha cabeça já estava trabalhando para que tentasse novamente.
Finalmente ano passado não pensei muito e fechei a viagem. Tomei remédio homeopático a semana inteira e levei a tarja preta que meu médico havia me indicado. Não foi fácil, não foi tranquilo, mas foi melhor do que pensei. A sensação de ter superado de alguma forma meu medo me deu uma alegria ao pisar lá no meu destino. Passei dias lindos e com a certeza que a volta seria tranquila.
Na volta estava tão confiante que não tomei nada, fiquei mais tensa do que na ida, mas quando pisei novamente em casa eu sabia que havia sido muito guerreira.
O enfrentamento de um medo não traz para nós apenas mais força para lutar contra ele, mas a possibilidade de conhecer pessoas que podem nos ajudar, oportunidade de ter novas formas de ver a questão e situações inusitadas como eu que reatei uma antiga amizade, pois a parceira desta viagem estudou comigo no colegial (na época chamava colegial) e por conta disto nos reaproximamos.
Esta história ainda não acabou, mas trouxe para mim uma força extra. Os nossos medos não podem ser mais fortes que a nossa vontade de enfrentá-los. Quando superamos de alguma maneira algo, é como se a vida dissesse: vai que seu caminho já está trilhado para o sucesso.
Não sei qual o seu pânico, mas respeito e digo: tente.
Busque ajuda, busque força, busque parcerias e tenha fé em você. Parabéns a mim que há um ano comecei meu processo de confrontação. E agradeço as pessoas que participaram disto, em especial esta amiga que esteve ao meu lado e que continua a caminhada comigo!
Gratidão pela mensagem! 🙂
Eu concordo com a questão “superação”. Quando eu sinto que me superei, que consegui realizar uma meta, mesmo que pequenininha (como o planejamento alimentar de 1 dia, por exemplo), me sinto ultraforte! rs
Mas sempre que leio ou ouço “enfrente seu medo”, me sinto frustrada pelos medos que ainda não me sinto apta a enfrentar, como o medo de dirigir, por exemplo. As pessoas ao meu redor me incentivam, são super bacanas. Mas penso: “Não tenho carro. Além de enfrentar o medo de dirigir, ainda tenho que enfrentar esse medo dirigindo o carro alheio (onde não posso nem dar um arranhãozinho rs).
Sol querida o que importa é nós mesmos nos enfrentarmos do jeito que você disse: um pouquinho por dia. Não consegue dirigir o carro alheio? Senta como motorista neste carro alheio, liga o carro e não sai. Só liga. No dia seguinte, liga, engata a primeira e tira da garagem , ou pede para alguém tirar e anda um teco só….e assim vai.
Só nós sabemos o nosso limite!
beijos querida
Gratidão! S2
Beijos! 🙂