Minha mãe nos ensinou a pedirmos licença; para falar numa conversa, para quando quiséssemos passar entre duas pessoas que estivessem conversando ou quando fôssemos embora de algum lugar. Também pedia para que a gente utilizasse as palavras “por favor” quando pedíssemos algo para alguém e sempre agradecer com “obrigada quando nos ajudassem.
Meu pai era bravo, não permitia que a gente colocasse o pé no sofá, ficasse acendendo a luz do corredor e deixasse acesa, fizesse muita bagunça na casa e palavrão era terminantemente proibido que falássemos!
Isto tudo pode significar para vocês que eu tive uma educação rígida ou extremamente punitiva, mas não sinto assim.
Isto era passado para nós como educação e gentileza. Não havia mal algum. Também fomos ensinadas a ajudar o próximo, perceber a necessidade do outro e ajudá-lo de forma que não parecesse que estávamos humilhando. Levávamos bronca por tabela, isso não era legal, mas quando o filho de alguém fazia algo errado minha mãe brigava com a gente querendo dizer à mãe do outro: “ei, olha o que o seu filho está fazendo, estou dando bronca no meu para você perceber.”
O perfil de homem que me encanta são os gentis: que abrem a porta do carro, andam conosco na rua do lado de fora da calçada, segura a porta para passarmos na frente, que tratam qualquer funcionário que nos atenda num estabelecimento com respeito, que considere a sua família algo valioso em sua vida, que tenha amigos para a vida toda e que saiba compartilhar vitórias e derrotas igualmente. Tudo o que eu aprendi como sendo bons modos e maneiras, tanto de homens como de mulheres.
Com a chegada do feminismo começou um movimento muito forte de que homem não precisa fazer nada disto porque é machismo.
Distorção do que realmente é o feminismo que erroneamente é visto como o oposto do machismo. Não.
” Feminismo é um movimento social e político que tem como objetivo conquistar o acesso a direitos iguais entre homens e mulheres e que existe desde o século XIX…Feministas são a favor da escolha da mulher, isto é – que a mulher case apenas quando e se quiser casar, que tenha filhos apenas quando e se quiser tê-los e que seja livre para fazer essas escolhas, não sendo julgada se não quiser fazê-las.” Jornalista Rafaela Marques
Gentileza não é machismo. Educação não é machismo. Abrir a porta do carro não é machismo. Ser cordial e respeitar uma mulher não é machismo. Machismo é todo homem achar que por ser do sexo “forte” tem o direito de abusar verbal, moral ou fisicamente uma mulher.
