Quem escreve a nossa história?
Está muito na moda dizer seja o protagonista da sua história e eu pergunto – quem escreve a nossa história?
Eu sempre me pego pensando que a história da minha vida foi delicadamente roteirizada por alguém de muito bom humor e que me conhece bem. O que mais me surpreende é a entrada e saída das personagens. Algumas chegam, ficam por um tempo, se afastam, voltam e permanecem, outras ficam ao longo da jornada e mais algumas veem pontualmente fazer notar sua presença e depois seguem suas rotas.
Que, escreve a nossa história?
Porém, em todos os casos, noto pontos em comum.
Estas pessoas estão vivendo as situações parecidas e agem diferente, ou seja, nos complementamos e as nossas diferenças são poderosas para encontrar o equilíbrio. E todas são uma excelente fonte de aprendizado. Não importa o tipo dele, não importa a forma da presença, vale a experiência.
A história é construída coletivamente
Eu não sei se vocês já repararam nisto, mas às vezes estamos lidando com uma situação nova em nossas vidas e de repente aparece alguém do nosso convívio com uma situação similar, porém, tem um ponto de vista diferente do nosso.
A forma da pessoa encarar aquilo sob outro ângulo até parece um recadinho do grande escritor da novela dizendo: ” – Está tudo certo, vá em frente que eu te dou a direção!”
E a direção muitas vezes são estas pessoas, estes aprendizados, mais difíceis ou menos, mas que nos fazem chegar a caminhos para a nossa própria vida.
Para Carl Gustav Jung o nosso inconsciente se divide em individual e coletivo.
O inconsciente coletivo ele considera como “um agrupamento definido de caracteres arcaicos, que, em forma e significado, encerra motivos mitológicos, os quais surgem em forma pura em contos de fadas, nos mitos, nas lendas e nos folclores.”
A nossa história é trazida por nossos antepassados, dos mitos, dos folclores, dos contas de fadas, da nossa hereditariedade. E cada pessoa que se aproxima de nós por alguma razão, traz um componente novo que nos ajuda a construir mais um capítulo da vida.
Nossos coautores serão sempre instrumentos de auxílio, mas a delicadeza de preencher cada linha é nossa. Por isso devemos colocar amor na elaboração do conteúdo da nossa vida.