É bom, de tempos em tempos, se dar conta do quanto ainda temos para conhecer neste mundo. E toda vez que penso isto eu lembro de um amigo muito querido que por conta da vida perdi o contato. Ele dizia que para eu não me assustar com o mundo era necessário eu conhecer tudo o que fosse diferente de mim. Que quanto mais eu aprendesse sobre o distinto, melhor seria e menos sustos eu teria.
E eu guardei para sempre estas palavras porque faz o maior sentido para mim. Quanto mais conheço o que é fora do meu padrão, menos julgarei, apontarei dedos ou criticarei.
E o que é mais interessante é que sempre disse que sou uma pessoa sem preconceitos. Que aceito o outro como ele é. Acontece que aceitar o outro como ele é fica fácil quando este outro é igual a mim ou pelo menos bem semelhante. Quando curte as mesmas coisas que eu curto, quando gosta da mesma música, esporte e por ai uma série de outros gostos parecidos.
E quando buscamos no dicionário o significado da palavra “preconceito” encontramos por definição: “qualquer opinião ou sentimento concebido sem exame crítico, sentimento hostil, assumido em consequência da generalização apressada de uma experiência pessoal ou imposta pelo meio; intolerância.”
E ai volto a mim e pergunto será realmente eu sou livre de qualquer julgamento, que sou tolerante?
Não sou. Costumo encaixar pessoas em caixinhas adequadas ou inadequadas de acordo com o meu senso. E nesta hora ser honesta comigo é essencial para poder perceber meu entorno.
Só que como sempre digo, a vida curte um “stand up” e faz sempre alguma piada para jogar na nossa cara tudo aquilo que não sabemos lidar. E se isto de alguma forma estiver acontecendo com você fique atento ao que vou dizer agora: se repararmos na sutileza da informação, sem definir como “certo ou errado”, sem crítica, perceberemos que estes momentos trarão um ensinamento lindo que nos fará sermos ainda melhores, pois afinal este é o grande barato da vida.