Três pessoas, em um mesmo dia, me recomendaram assistir ao filme Malévola. Quem me conhece sabe que não sou muito de filmes, mas quando falam: ” – você precisa assistir” eu me interesso.
O que mais me chamou a atenção nele foi a forma como é colocada a questão da traição, do arrependimento e do amor verdadeiro. Para quem nunca viu e pretende ver: pare de ler aqui, pois vou fazer “spoiler”, embora seja um filme antigo, alguém pode querer assistir ainda.
Malévola era uma criança pura e boa que se encantou por Stefan que a traiu por conta da sua ambição e utilizando-se de crueldade com ela, ele consegue o cargo mais alto – ser rei do castelo. Ela, que havia confiado seu coração a ele, se revolta e joga uma maldição à filha dele, Aurora. Com o passar do tempo, Malévola começa a se encantar pela pequena Aurora e o arrependimento toma conta de seu ser. Para desfazer a maldição é necessário que o amor verdadeiro dê um beijo na “bela adormecida”. Enquanto todos pensam que o amor verdadeiro é de um homem o filme surpreende e a própria Malévola desfaz a maldição dando um beijo na testa de Aurora.
Quantas vezes insistimos que o amor de verdade é uma relação afetiva? Que só seremos felizes quando encontrarmos nossa alma gêmea ou que isto é de fato a felicidade?
Todos nós temos alguém que nos ama incondicionalmente, esteja esta pessoa ainda entre nós ou que já tenha desencarnado. Fato é que, independente disto, esta pessoa torce por nós esteja onde estiver e vibra a cada passo que damos em direção ao nosso progresso e evolução.
A felicidade não depende de uma resposta no WhatsApp, muito menos de um convite para sair.
Ela reside dentro de nós, ao entender que embora tenham dias nublados ou confusos, “somos seres espirituais tendo uma experiência terrena” e que estamos caminhando, passo a passo, para que sejamos melhores que ontem. Sabemos do nosso valor, só precisamos confiar mais nisto.
O dia que abrirmos mão do nosso controle sobre os sentimentos alheios ou sobre nossas expectativas em relação ao outro, talvez tenhamos ainda mais a sensação do amor verdadeiro, além disto, a certeza de que viemos para nos fazermos felizes.