O retorno esperado
Recado para aqueles que tem a tendência de contribuir positivamente na vida do outro, nem sempre a contribuição terá o retorno esperado.
Normalmente quando fazemos algo para alguém a nossa tendência é dizer “…ah mas eu não esperei nada em troca, fiz de coração…” e em alguns caso a frase estende a… “mas nem um obrigada ele me deu” e em outros casos não dizemos nada, mas sentimos pela falta da gratidão ou do reconhecimento.
Por que isto acontece?
De acordo com Carl Gustav Jung, criador da psicologia analítica, o ego é um dos nossos complexos, o principal e também o responsável pela centralização das informações do consciente, nossa totalidade consciente, a personalidade total. Isto inclui nossas experiências e vivências. O nosso ego filtra tudo o que acontece em nosso dia a dia e decide o que fica ou não em nosso consciente.
Ser reconhecidos, pertencentes, valorizados são necessidades do ego.
E por isto muitas vezes temos um retorno esperado, desejamos que o outro retribua de alguma forma o que fizemos a ele.
Como mudar isto?
Quanto mais conhecimento temos do nosso lado luz e nosso lado sombra, como por exemplo ficarmos decepcionados com alguém que não atendeu nossas necessidades, mais equilíbrio encontramos em nossa vida. Habilitar – aos poucos – o processo de desapego emocional pode contribuir para que a gente tenha este equilíbrio.
Com raiva ou mágoa, não conseguimos enxergar nossas deficiências, mas se a gente quis ajudar alguém em algum momento e quando precisamos esta pessoa não nos ajudou do mesmo modo, está tudo certo.
O outro não tem a obrigação de corresponder as nossas expectativas e quando entendemos isso fica mais fácil de não sofrer.
O retorno esperado é criar dores desnecessárias
Doar, seja o nosso tempo ou algo material é o ato mais compensador que podemos ter na vida, não por quem fizemos um bem, mas porque o UNIVERSO é abundante e está a nossa disposição. Nele não há briga de egos e muito menos competição de quem ajuda mais. Ele é uma fonte inesgotável, disponível que nos dá o que precisamos no tempo certo.
Portanto, ajudar o próximo no sentido altruísta é se libertar para ter uma vida mais amorosa com a gente mesmo e desapegar daquilo que não importa.