O que você veio ser?
Existem frases de feito que podem nos deixar com mais dúvidas do que certeza, como no caso dessa frase ” Seja aquilo que você veio ser”
Será que é tão fácil assim dizer ao outro? Ela nos leva a refletir sobre quem realmente somos, a nossa essência que é outra palavra muito comum de ser utilizada.
Para a gente ser o que viemos ser é necessário uma dose de autoconhecimento, litros de amor-próprio, xícaras de sabedoria, tolerância, afeto e uma existência inteirinha, portanto, nada de se desesperar.
Existem caminhos que podem te ajudar a trilhar essa estrada, mas não quer dizer que o que não significa que obstáculos ficarão de fora. Eles existem para ensinar e fazer a gente ter criatividade de ousar e alterar a rota se for necessário.
Autoconhecimento é a chave
Se fosse simples responder a pergunta – o que você veio ser? – a maioria das pessoas estaria em sua plenitude sem questionamentos e realizando tudo que trouxesse preenchimento de alma. Talvez trabalhando no que amam, convivendo com as pessoas que fazem bem a elas e vivendo o que alguns desenham como sendo o paraíso.
Só que a graça da vida dentro da psicologia analítica não é o mundo ideal, mas está associado ao processo de individuação que Carl Gustav Jung esclareceu dizendo que é tornar-se quem se é verdadeiramente. O eu consciente se aproxima do “si-mesmo”.
Si-mesmo é outro termo da psicologia analítica ou junguiana que representa a nossa totalidade, ou seja, o que vivemos no passado, no presente e no futuro mais o que fomos, somos e iremos ser, algo atemporal tornando um processo que não se mede pelo tempo cronológico.
É por isso que o autoconhecimento é a chave, pois a individuação é um processo em muitos momentos doloroso e que demanda pausa para que a gente possa olhar para aquilo que nos incomoda em nós mesmos e compreender o nosso mundo interno. Sem pressa.
O que você veio ser?
Infinitas possibilidades surgem para essa pergunta, inclusive, a cada fase da nossa vida os nossos olhares para o mundo interior e exterior mudam.
Portanto, se você se pergunta sobre isso e não sabe a resposta só pense sobre o que transborda você, o que te deixa em paz consigo mesmo.
A meditação ou a imaginação ativa são ferramentas poderosas neste caminho. Em terapia, os clientes que tem essa inclinação ou mostram determinado interesse nesses recursos podem se beneficiar de um processo mais aprofundado de autoconhecimento e contato com o inconsciente.