Eu jamais busquei títulos ou rótulos: ficante, namorado, noivo, marido…creio que isto são termos que utilizam para definir relações, encaixar cada relacionamento em uma caixinha de “direitos e deveres”.
Eu sempre desejei um parceiro de vida e isto independe do título, mas sim de sentimentos…O que não exclui o fato de ter um parceiro que seja meu namorado, mas não é o termo que define, sabe? O que vale é o sentido disto. A razão que nos faça estarmos juntos.
É alguém que queira me incluir em sua vida. Que deseja compartilhar os bons e os maus momentos. Que aceite ajuda, apoio, suporte, que se mostre vulnerável para que eu possa identificar seu lado humano e frágil. E fragilidade não tem a ver com fracasso e sim com vida, impermanência e inconstância.
E desta forma, me deixe à vontade para demonstrar as minhas fraquezas também, pois desejo dividir minhas dores e angústias. Minhas alegrias, tristezas e ouvir seus conselhos. E um colo quando me sinto sozinha e com medo.
Que possamos fazer o almoço juntos (mesmo que nenhum de nós sejamos master chef de alguma coisa) para podermos almoçar sem pressa de irmos embora…e passar a tarde toda falando sobre alguma coisa sem a menor importância, mas que faça todo sentido para nós.
Parceiro de vida ultrapassa tempos verbais, espirituais ou rótulos…Ele simplesmente está lá porque quer estar. Sem pressão. Sem obrigação. Sem necessidade.
Sabe que toda relação é desafiadora, mas entende que alguém tem que ceder de um lado e alguém do outro.
Tem uma lista infinita de qualidades e outra de defeitos, porém a primeira lista sempre compensa mais que a segunda, aceita nossas imperfeições porque valoriza toda caminhada e aprende em cada dificuldade.
Sinaliza, pontua, conversa, explica, pede desculpas.
Incentiva, porque amor que não deseja que o outro cresça e evolua não é amor, é posse, e este parceiro de vida não tem medo do sucesso alheio. Ele vibra a cada vitória nossa.
Que não tenha ciúmes, do tipo que briga na rua porque alguém olhou, mas que tenha um pouquinho que não faz mal algum, é só uma manifestação de carinho e uma forma de dizer ” – ei, eu to aqui, me olha!”
E me assume.
Anda de mãos dadas, apresenta para os amigos, inclui nos programas familiares, conta o que vai fazer no próximo final de semana, mesmo que a eu não esteja incluída na programação.
Pode estar justamente lendo este texto. E concordando com a cabeça tudo o que eu escrevi aqui e se por acaso você se encontrou aqui também, compartilhe por ai quem sabe seja exatamente isto que falta para vocês?