Tem gente que consegue extrair o pior de nós. E nem digo que seja porque fizeram algo para a gente que desencadeou isto, mas porque os encontros foram errados.
Uma vez eu me relacionei com uma pessoa que conhecia há anos. Eu já sabia como ele era, eu não me sentia atraída por ele e nem sentia vontade de estar junto, mas eu fui tentar. Vocês podem me perguntar: ” – por que? ” e eu diria que achei válido aprender a gostar de alguém que se dizia completamente apaixonado por mim. Pensei que com o tempo tudo pudesse fazer sentido e finalmente eu estaria com ele por amor.
Os nossos momentos estavam desencontrados, a cada dia me dava mais aflição de viver aquela experiência. Quem me conhece sabe que estar ali me causava um imenso desconforto e que eu não consegui segurar isto por muito tempo. Em menos de um mês tudo acabou. Aliás, tudo explodiu! Eu mostrei o meu pior, eu disse coisas que não eram tão verdadeiras, eu berrei, acusei e ao final ele também mostrou o seu pior.
Em outra ocasião eu conheci uma pessoa e na hora tive uma fortíssima intuição sobre quem esta pessoa era, mas com o tempo ele deu a impressão de que tinha todas as características que eu buscava em alguém. Ele não era absolutamente nada do que eu buscava, além de usar palavras muito baixas e ser extremamente machista, era mentiroso, só que isto eu descobri depois. Durou muito menos do que o tempo investido por ele para fingir ser aquilo que de fato não é.
O comum nestas duas histórias é que eu não ouvi minha intuição. No primeiro caso a pessoa conheceu realmente a parte mais sombria de mim, no segundo, eu já havia entendido que a escolha tinha sido minha e que o berro só pioraria as coisas para mim, que estou buscando à evolução diariamente.
Tudo isto que compartilhei com vocês é para mostrar que todos nós temos o melhor e o péssimo, pois somos feitos das ambiguidades. O bacana disto é saber equilibrar esta dualidade e ouvir melhor aquilo que está dentro dos nossos corações