O texto que eu fiz ontem sobre a do meu pai, repercutiu de uma forma que eu nem imaginava. Ele acabou indo para o site da Revista Vida Simples. Eu, que sou completamente apaixonada por esta revista, ser uma das colaboradoras dela foi muito impactante para mim!
A dor muitas vezes aproxima as pessoas.
Quando estamos passando por alguma dificuldade, seja ela a causa que for, receber apoio, incentivo, vibração positiva ou qualquer demonstração de afeto é muito acolhedor e pode de fato ajudar a nossa caminhada!
Porém, se a gente não compartilha nossos dissabores ou frustrações ninguém consegue nos acessar. E eu tenho o costume de compartilhar o que sinto e a minha maneira de fazer isto é através da escrita.
Para mim é terapêutico. É como tirar uma espinha, passar remédio na ferida, tirar o gesso, se torna um ato libertador e promove a compaixão. Porque muita gente se encontra na mesma situação e acaba se sentindo parte disto e divide as suas histórias também e todo mundo vira uma grande família.
Talvez, se meu texto sobre meu pai não tivesse sido tão visceral, tão genuíno e não acolhesse a mim e a tanta gente que se identificou, não me desse a possibilidade de ter ele na revista que eu mais admiro. E que de certa forma sempre foi um sonho fazer parte! E embora eu não tenha feito ele para isto, eu permiti que a minha vulnerabilidade aflorasse e a identificação do outro nele fosse automática…
E tudo isto para dizer que da dor também vem amor, acolhimento, mensagens carinhosas, compaixão e uma série de outras boas sensações e sentimentos.
Dividir nossas angústias é dissolver alguns dissabores e além disto, ter às vezes realizar sonhos!