O dia que fui demitida pela última vez
Foi um dia bom. A gente tem sempre um dia que marca, mas hoje eu vim compartilhar sobre o dia que eu fui demitida pela última vez de um emprego formal.
Estava há 2 anos e pouco neste local, CLT, convênio médico, VR e todos os benefícios que uma empresa grande oferece. Um bom salário – talvez o melhor que eu já tive – e uma função de responsabilidade.
Tudo lindo se não fosse uma questão – eu não me identificava em nada com ele.
Eu não me sentia pertencente ao local, não concordava com a forma que algumas pessoas agiam, a postura de arrogância e prepotência da maioria, como aconteciam diversas relações tóxicas, o quanto que as pessoas humilhavam as outras…
E para ajudar eu não me identificava com o meu diretor, o último, porque em dois anos e pouco eu tive muitas chefias.
Passei por cenas de assédio moral muito mais do que imaginei, mas isso faz parte do processo que precisei passar para ser quem me tornei hoje.
O que é um líder?
Especialistas podem falar com propriedade quais as qualidades e perfis de um bom líder, mas como eu não sou especialista da área me detenho em dizer que respeito faz parte do conjunto de atributos que um bom líder pode ter.
Das frases que eu ouvia deste último chefe, a pior foi quando ele disse aos gritos que eu não estava na empresa para ser justa. Na época eu não entendi porque me feriu tanto, mas hoje sei que isso mexeu com os meus valores pessoais.
Já faz 6 anos
Do dia que eu fui embora pela última vez de uma empresa.
O tempo nos ajuda a fazer melhores escolhas e a ir compreendendo melhor que nem tudo que é ruim foi de fato ruim. Sair de lá era uma questão de tempo e eu sabia disso, tanto que me perguntava com frequência – o que falta eu aprender?
Em 2015, eu já estava com o Motivação Todo Dia em modo caseiro e fiz um curso de imersão em autocoaching que mexeu demais comigo, pois voltava da aula chorando toda noite e pensando no quanto eu estava infeliz.
Aquilo não representava o que eu acredito.
Eu queria fazer algo que ajudasse as pessoas, que contribuísse para transformar suas vidas e não viver pensando no quanto de tempo faltava para dar o horário de ir embora.
A dor faz parte do aprendizado
Doía, doeu e acho que até há pouco tempo eu ainda sentia sinais daquele período doído que vivi fazendo o que eu não queria fazer…
E eu acho que só mudei a rota do meu caminho profissional quando assumi a responsabilidade da escolha e da falta de respeito que eu tive por mim.
Porque somente quem não tem amor por si aceita que o outro fale de qualquer jeito consigo e isso não tem a ver em reagir com aquele que nos maltrata, mas com posicionamento que se dá quando mergulhamos no processo de autoconhecimento.
Em comemoração por este dia, eu desejo que você dê seu grito de liberdade, seja ele qual for, mas que dê.
