O conteúdo e o processo criativo
Se tem algo que me incomoda quando estou no processo criativo da escrita é alguém querer direcionar o conteúdo e determinar o que será melhor ou aquilo que vai dar mais retorno.
Eu compreendo que trabalho profissionalmente com a escrita e devo seguir determinados padrões e regras para que o texto seja relevante para os sites de busca como o Google. Entendo a necessidade das palavras-chave, SEO, legibilidade do material entre tantos outros.
Porém, quando eu sou limitada da criação e elaboração de um conteúdo com a alma eu me sinto presa e o próximo passo é o texto sair rígido, frio, distante, sem o menor acolhimento, coisa que para mim não faz sentido.
Conteúdo que afeta
Na época em que eu escrevia todos os dias aqui era diferente, pois este trabalho fazia parte de um processo de libertação e eu elaborava para mim, como uma forma de ajustar meus pensamentos.
Escrever é um ato de amor assim como se despir e se entregar a alguém, mas é importante ressaltar que a escrita empática não tem nada a ver com um texto melado ou cheio de “mimimi” e florzinhas.
Ela fala do olhar que damos para o texto em si e é este olhar e a forma de estarmos lá naquele conteúdo que nos trará ou não aproximação do leitor.
Antes do SEO, vem a alma e o coração.
Se minha grande preocupação ao elaborar um conteúdo, seja ele para empresas ou meu, é vender ideia, produto ou serviço eu bloqueio e censuro meu processo criativo e consequentemente reduzo minhas possibilidades de criação a quase nada.
E isto pode até ser vendável, mas não tem nada de afeto. E sem afeto não há poesia, amor e sensibilidade.