Nossos julgamentos na terapia
Fala a verdade, ser julgado é ruim, porém, existe uma sedução natural no julgamento. Acredito que seja um falso poder de dizer – olha só como aquela pessoa age eu sou melhor do que ela.
Um dos maiores receios dos clientes em terapia é o julgamento. O que será que a terapeuta vai pensar se eu falar o que estou pensando?
O ambiente terapêutico é para ser o seu espaço seguro, neutro seguro para que qualquer um que chegue por lá se sinta acolhido. É a base da terapia ser acolhedor e que transmita confiança.
E se o cliente omitir a verdade na terapia por medo de julgamento?
Como terapeuta digo que se o cliente está dizendo o que sente é real. Não vou questionar se ele está omitindo ou não, porém, se ele evitar dizer algo com receio disto ele está deixando o seu processo mais lento.
E tudo bem, pois cada um tem seu momento de mergulhar na terapia de peito aberto.
E se fosse eu?
Uma das frases mais facilitadoras para evitarmos julgamentos precipitados é esta – e se fosse eu? Com a construção de vida desta pessoa, a história dela será que eu faria isto ou algo bem mais impactante?
Quando a gente fala do outro utilizamos todos os nossos valores, regras e crenças para culpar, apontar, mas quando é com a gente temos a fala da absolvição.
A verdade é que todos nós temos problemas e passamos por momentos em que metemos os pés pelas mãos, então antes de julgar podemos praticar da empatia, que é se colocar no lugar do outro.
Talvez assim, a gente perceba que a pessoa foi forte, muito forte, bem mais forte do que poderíamos ser.
Sem pensamentos carregados de preconceitos, mas com ideias em prol do coletivo, da resolução de problemas.
Quanto mais julgamos, mais somos julgados por nós mesmos,
Quanto mais criticamos, mais somos criticados por nós mesmos.
Se dermos mais amor, compreensão e sorrisos ao mundo e em troca teremos a mesma coisa!