Morte em vida
Estes dias estava pensando sobre a morte, aquela temida por muitos e que muitas vezes é “melhor nem falar sobre” para não atrair, sabe? O fato é que quando pensei a respeito dela conclui que a gente morre todo santo dia.
A cada amanhecer começamos tudo de novo, ou seja, renascemos e podemos criar novas oportunidades e possibilidades.
O dia vai seguindo seu percurso, oportunidades surgem o tempo todo, nem sempre são boas, mas durante as 24 horas que seguem podemos nos despedir ou celebrar por algo.
Relações nocivas
Quando terminamos uma relação completamente nociva e destrutiva matamos algo ruim e isto é muito bom. Ficar brigado com alguém querido, remoer aquilo todo santo dia é dormir e acordar morrendo um pouco.
Reclamar o dia inteiro seja do que não tem, do outro, do trabalho, da família, do tempo e esquecer de olhar para dentro e agradecer a o que somos e temos é o que se não se despedir todos os dias de sermos mais gratos à vida?
A cada dia que substituímos um hábito ruim por outro bom é o fim e nem por isto se torna algo triste.
É o modo de olhar que faz doer a morte em vida
As mortes acontecem todos os dias e é possível ser completamente saudável ou totalmente destrutiva, mas tudo depende do quanto que escolhemos morrer de arrependimento ou finalizar um sofrimento.
É válido incluir um parágrafo aqui, pois fiz este texto em 2017 e fui rever ele em 2021, bem no meio de uma pandemia num momento em que a palavra morte está muito falada, infelizmente.
Deste modo, enfatizo que aqui eu falo sobre as mortes emocionais e não sobre as perdas de pessoas queridas.
O luto nestes casos precisa ser vivido, porém, enquanto estamos aqui vivos e saudáveis, que tal aproveitar a maior parte do tempo com o olhar para as coisas boas?
Isso é viver em vida.