Tenho sentido uma necessidade quase que incontrolável de falar sobre o amor, mas não do amor dito nas revistas de relacionamentos ou de sites de namoro. De um amor acima de desejos mundanos…
Em minha trajetória me deparo com muitas pessoas carentes. Quando digo sobre carência, me refiro àquela insuficiência de ser quem é, de não aceitar falhas, da rigidez com que tratamos as nossas falhas e o quanto que isto impacta o “seguir a caminhada”.
É muito mais do que querer colo e cafuné. É muito mais do que pedir para o nosso(a) namorado(a) ou esposo(a) fazer carinho até pegarmos no sono (para os que tem). É o amor que transborda, que deseja que as pessoas estejam felizes independentemente de estarmos por perto delas. Não tem posse ou propriedade. É desprovido de sentimentos alheios à caridade.
É deste amor que eu sinto vontade de falar todos os dias.
Está com dificuldade com alguém do seu entorno? Emane amor. Imagine uma chuva de bons fluídos caindo em cima desta pessoa dando a ela todo o sentido de completude que deseja. Pode ser uma chuva de luz, de corações, de bolas de sabão coloridas, qualquer imagem que associe a carinho e afeto.
A vida é muito curta para focarmos no mal, no dolorido, no que causa desamparo.
Por isto que podemos doar o que temos de melhor. E esta doação começa com a gente, com algumas simples perguntas como por exemplo, o que eu tenho feito para aumentar meus momentos de alegria e contentamento? Quanto tenho tido de autocompaixão ou relevado situações que se fosse com outra pessoa que amo não cobraria tanto? O quanto eu respeito minhas vontades?
E depois estender os pensamentos positivos ao próximo.
As pessoas mais infelizes, duras ou carrascas consigo e consequentemente com o mundo são assim porque não se dão amor. Não se acolhem, não se perdoam e nem mesmo entendem o que é viver livre, pois estão o tempo todo num processo de controle absurdo, querendo ter garantias sobre cada movimento a ser dado.
O que esquece com isto é que a impermanência é a única certeza da nossa vida. Nada dura para sempre e nem será o mesmo o tempo todo, portanto vamos lá. Não precisamos de muito para sermos felizes e menos ainda para desejar o melhor ao próximo.
Quanto mais gente feliz, menos sentimentos ruins como a inveja, o ódio, o ciúmes ou a raiva.