Lute para não viver no luto
Tem gente que vive o luto por anos.
O mesmo luto todos os dias, por quantas vezes forem preciso para se sentir infeliz.
Existem diversos tipos de luto: fim de um relacionamento, demissão, término de uma fase da vida, uma viagem e até mesmo a morte de uma pessoa querida.
Precisamos viver o luto?
O luto é preciso e necessário, porque faz parte da nossa elaboração dos acontecimentos, mas sair dele também é preciso. Viver e reviver todos os dias a última palavra antes do término da relação, o último dia da viagem, o último adeus é sofrer demais. Tudo de novo e várias vezes repetidamente.
O fim pode ter sido dolorido, sofrido, mas ele tem coisas boas também. A diferença é que a gente só vai entender mais para frente. Lá no futuro, só que se a gente ficar remoendo o passado não dá passagem nem para o presente, quanto mais para o futuro.
Talvez alguns de vocês estejam pensando ” – é fácil ela falar”, mas digo isso porque já perdi tesouros. Alguns. Eu tive a perda da pedra mais preciosa que me pediu para que eu continuasse minha vida.
E mesmo ela tendo partido eu consegui descobrir o motivo de fecharem as cortinas para nós duas juntas. Eu tinha que voar, como comentei neste texto aqui,
Lamentar o fim (além do tempo) impede que a gente viva a nossa vida e que aprenda com ela. Impede realizar as coisas de outra forma. Sob outro ponto de vista.
Por isso, que a gente aproveite mais o dia a dia. Cada minuto. Que curta e comemore mais.
Viver o luto todos os dias por muito tempo é permitir que o tempo que você ainda tem seja desperdiçado. É desperdiçar talentos que podem irradiar outros lugares.