Tem uma pessoa que anda pelas bandas da minha casa de segunda a sexta-feira vestindo um avental azul e carregando uma prancheta na mão.
De costas me parece uma mulher que ainda não terminou as luzes do cabelo (pois elas estão por fazer), de frente você fica em dúvidas, pois tem um bigode ralo e realmente não posso afirmar se é homem ou uma mulher com distúrbios hormonais.
O fato é que ele ou ela é extremamente bem recebido por onde anda. Todo mundo fala oi seguido de um sorriso de gratidão. Ele bate na porta das pessoas e conversa com as senhoras do bairro, creio que ele seja do posto de saúde (pois tem um perto de casa). E eu, que prego a igualdade fui pega pela estranheza de alguém que não pertence ao meu normal.
Depois de perceber a minha visão sobre isto comecei a reparar em outras pessoa que eu julgo pelo visual e me senti tão pequena que tive náuseas.
E a gente sabe né?
Com o peso que julgamos somos julgados, não porque a bíblia diz, mas porque é a lei da ação e reação. E esta lei não funciona apenas quando fazemos efetivamente algo a alguém, é quando pensamos estas coisas que pensei também.
Logo eu que prego tanta coisa, estou julgando. Quantas vezes fazemos isto? Quantas vezes olhamos alguém sem trocar uma palavra e tecemos uma grande conclusão de um simples estranho.
Eu espero que ele/ela não tenha percebido minha energia de estranheza e se der na próxima vez que eu encontrá-lo(la) eu vou puxar um papo para saber quem é este ser humano tão querido pelas pessoas do meu bairro.
Se você se encontrou neste texto, te peço um favor: tente se lembrar das pessoas pelas quais você julgou pela aparência e vibre luz a ela. Pode ter certeza que exatamente neste momento ela sorrirá!
Gratidão! S2
Vibremos luz! 🙂
Bjs.
Luz sempre!
Beijos