Nossa criança interior habita os locais e os momentos mais improváveis.
Na eminência de levarmos um não como resposta utilizamos do nosso melhor sorriso, todo cheio de dengo para que o outro ceda, na hora em que estamos doentes, com dor, tristes, no momento que queremos aprontar alguma arte ou simplesmente quando fazemos birra para alguém, quando brincamos sem pensar se o outro vai rir ou julgar, quando vivemos mais vulneráveis.
Aliás, acredito que criança e vulnerabilidade são sinônimos.
E deveria ser assim sempre, mas não sei porque quando crescemos ficamos tão arraigados em sermos perfeitos, os melhores, sem falhas, sem cometer erros, com medo de julgamentos que perdemos a espontaneidade, a autenticidade e nos tornarmos apenas adultos.
Às vezes, é necessário colocar a nossa criança para brincar, dar risada, fazer cócegas, falar besteira e agir livremente. Estar com crianças da nossa família ou com qualquer outra também é algo bom de permitirmos que sejamos mais leves.
Além de participar de um círculo de sinceridade absoluta, pois eles não mentem e dizem na nossa cara que gostam de algo ou alguém, ainda nos sentimos muito mais jovens do que somos realmente.
A criança nos faz acreditarmos que na pureza, corações amorosos e carinhos distribuídos livremente