Você já parou para pensar que a sua imagem pode ser refletida para as pessoas de diferentes maneiras? É como se estivéssemos naquelas cabines de espelhos que nos reproduzem de todas as formas. Só que o grande ponto é: a maioria das nossas traduções não nos revelam.
Primeiro porque não é nossa cópia fiel. É um outro olhando para nós, vendo e concluindo em cima de suas próprias vivências e experiências o que somos. Similar a situação de estarmos assistindo um filme e sairmos com ideias completamente opostas sobre o mesmo assunto.
Esta forma de nos enxergar faz com que algumas vezes nos questionemos sobre quem somos e se somos realmente o que acreditamos ser. Pode parecer confuso, mas eu explico. Será que o outro tem um avaliação mais honesta sobre mim do que eu mesma? Será que eu sou uma farsa e ainda não me dei conta disto?
Quando estes reflexos tortuosos aparecem em meus espelhos externos minha primeira reação é ficar paralisada. Depois bate uma inconformidade que me cega – eles não me conhecem – e por fim o pouco de equilíbrio que anda comigo diz – isto não é seu, é uma avaliação de alguém que não tem profundidade de conhecimento a seu respeito.
A nossa farsa só pode ser fortalecida quando realmente desconhecemos nossa essência e assim sendo, aceitamos a opinião alheia como verdade. Se acalmarmos nossos pensamentos sobre a avaliação feita a nós e compreendermos que nada mais é que uma projeção do outro sobre a gente, a força externa diminui e a nossa aumenta.
Que possamos a cada dia que passa trabalhar mais nosso autoconhecimento e discernimento do que é nosso e do que é do outro, só assim vivemos em paz conosco.