(ninguém me ensinou a função embora todos soubessem que eu nunca tinha feito aquilo, mas foram mestres em dizer que eu era ruim).
Eu aceitei a oferta porque precisava, mas estava contrariada, sendo tratada como ignorante por “juniors” que mal sabiam da minha formação e confesso que corrigia mentalmente muito erro de português, achava as ideias completamente fracas e as boas mesmo eram plágios (em sua maioria).
Me via numa imensa creche, rodeada de bebês grandes que se achavam adultos, mas que faziam suas necessidades em qualquer lugar. Uns faziam a linha “sou seu amigo” e pelas costas saiam falando coisas que eu nunca disse.
(não há nada mais deprimente que você estar todos os dias num lugar em que você não aposta em quase ninguém.)
Eu torcia mentalmente para que fosse mandada embora (todos os dias).Quem nunca?
Um dia fui atendida! Me mandaram embora e eu não sabia o que fazer. Não pela demissão, mas porque eu tinha um mundo tão melhor a minha frente que não sabia o que agarrar primeiro.
Agarrei o que minhas mãos alcançavam na época e percebi que havia muito mais a se fazer fora de lá.
Ainda não cheguei onde quero, mas tudo que faço tem meu coração. Também não preciso mais ouvir de chefes que eu tenho que fazer o meu trabalho sem me meter no dele (sendo que a sinergia dos nossos trabalhos era necessária).
Hoje eu sou chefe de mim, dona do meu próprio tempo e realizada em mostrar através das minhas experiências que existem muitas dificuldades, mas somos nós que determinamos se elas nos mandam ou se nós mandamos nelas!
A escolha é sempre nossa!