Família é algo tão engraçado.
Eu posso brigar com meu pai, minhas irmãs, meus primos, seja quem for, mas se você que está de fora vier me dizer qualquer coisa sobre eles eu vou ficar muito brava.
Porque certos tipos de briga são disponibilizados para quem a gente ama. Não há possibilidade de brigar (com amor) com pessoas que não convivemos e que não temos a menor afinidade.
Eu amo e na mesma proporção não amo meu pai. Ele e eu já brigamos tanto. Já paramos de nos falar, ficamos tempos emburrados um com o outro, mas ai a vida passa, a gente vê o mundo de outra maneira e percebe que o jeito que ele tem é o jeito que o pai dele tinha e que com a idade só reforça.
E percebemos também que nós iremos envelhecer e que não sabemos o quanto de pai e mãe seremos parecidos, o quanto de trabalho daremos e o quanto de teimosia teremos.
Depois de um tempo nos tornamos pais e mães dos nossos pais. Somos os que cobrimos eles ao dormir, pedimos para levar um casaco porque vai esfriar e em todas as nossas orações pedimos que eles sejam protegidos.
Somos os que brigamos e defendemos para qualquer pessoa que vier falar.
Eu e meu pai tivemos um caminhada árdua para nos darmos bem, mas hoje eu vejo ele como um filho mimado e teimoso. Suas limitações doem a minha alma e me dão a certeza que nesta vida temos que fazer o melhor que pudermos por eles, pois nunca saberemos quando eles vão partir. E se tem algo que eu não quero ter de forma alguma é remorso.
Por isto: ame seus familiares mais próximos e diga todos os dias a eles o quanto são importantes. Aproveite enquanto é tempo ter uma família feliz/bagunçada/confusa/estranha/faladeira/briguenta/ etc etc etc e aceite a família que o Universo te deu.
Não é à toa que, nesta vida, temos a família que temos rs
Todas as vezes que acho que não “combino” com a minha família, mas vejo como sou parecida com o meu pai ou a minha mãe.
Gratidão! 🙂
É, não é à toa que caímos onde caímos! 😉