“Enquanto o amor não vem…”
Há uns doze anos atrás eu comprei o livro da Iyanla Vanzant chamado “Enquanto o amor não vem”. Eu tenho o costume de entrar nos sites das livrarias online e escolher, pelo critério – intuição – alguns títulos para comprar totalmente no escuro. Geralmente acerto.
E foi assim que cai neste.
O livro fala de relacionamento, mas não como o título sugere. É muito mais o caminho do autoconhecimento do que sobre se relacionar com o outro. E menciona as fases que passamos – do meio-tempo ao sótão. Lembro que na época estava completamente enraizada no meio-tempo, que é a fase de reconhecer que algo precisa ser feito, mas que não sabemos exatamente o que seja.
E como eu amei este livro eu sai emprestando e dando de presente para as pessoas queridas. Numa destas o livro foi e nunca mais voltou. Outro dia, conversando num grupo de WhatsApp bem legal que costuma dar dicas de livros e muitas outras sugestões bacanas eu relembrei dele e coincidentemente peguei uma promoção na livraria e comprei.
Revisitando suas páginas eu notei duas coisas: ainda me recordo do conteúdo e reler algo depois de muito tempo é bom para a gente perceber o quanto evoluímos.
E isto serve para tudo em nossa vida. Quantas vezes nós temos uma ideia e não queremos mudar de forma alguma de opinião ou quantas vezes garantimos que nunca iremos fazer determinada coisa? Ai o tempo passa e a gente se pega revendo e dizendo ou fazendo exatamente aquilo que dissemos que jamais faríamos.
A nossa única certeza é a imprevisibilidade e a impermanência da nossa vida.
Por isto, ao reler um livro e sentir que nossa percepção sobre ele mudou é o mesmo que viver uma nova história, reconhecer detalhes do passado e mudarmos de atitude para colhermos resultados inesperados!